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Judeus se disfarçam de muçulmanos para rezar no Monte do Templo, diz mídia

© REUTERS / Ammar AwadPolícia israelense caminha perto da Cúpula do Rochedo, durante confrontos na área da Mesquita Al-Aqsa, conhecida pelos muçulmanos como Santuário Nobre e pelos judeus como Monte do Templo, em meio a tensões motivadas pelo possível despejo de famílias palestinas de casas em terras reclamadas pelos colonos judeus no bairro Sheikh Jarrah, na Cidade Velha de Jerusalém, 7 de maio de 2021
Polícia israelense caminha perto da Cúpula do Rochedo, durante confrontos na área da Mesquita Al-Aqsa, conhecida pelos muçulmanos como Santuário Nobre e pelos judeus como Monte do Templo, em meio a tensões motivadas pelo possível despejo de famílias palestinas de casas em terras reclamadas pelos colonos judeus no bairro Sheikh Jarrah, na Cidade Velha de Jerusalém, 7 de maio de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 14.12.2021
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O templo sagrado fica na parte antiga da cidade de Jerusalém, em Israel, e é adorado por cristãos, judeus e muçulmanos, que conhecem o local sagrado pelo nome de Santuário Nobre.
Atualmente, os praticantes da religião podem entrar no templo, porém a Resolução 242, criada em 1967 após a Guerra dos Seis Dias, e não reconhecida por Israel, proíbe a prática do Judaísmo no local e limita os horários de visita.
Segundo informações do noticiário israelense Canal 13, o grupo de ativistas "Returning to the Mount" [Retornando ao Monte, em português] defende o direito dos judeus de visitarem o local e poderem praticar a religião.
"O fato do país não gostar, não significa que seja ilegal", justifica o líder do grupo, Raphael Morris.
A reportagem explica que o grupo ensina seus membros a se passarem por muçulmanos, para conseguirem entrar no Monte do Templo sem levantar suspeitas. Eles pintam cabelo e barba de preto, usam roupas tradicionais muçulmanas, livros sagrados e até mesmo aprendem a cadência e entonação das rezas muçulmanas, para poder na verdade rezar disfarçadamente.
Quando perguntados sobre os riscos, membros do grupo não se mostraram preocupados: "A pior das hipóteses é te descobrirem e você ser preso. Vale a pena para mim conseguir rezar da maneira correta e não me render à humilhação policial", explicou um homem que não quis se identificar.
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O líder dos ativistas, Raphael Morris, já teve seus encontros com a polícia. No início do mês, o noticiário israelense Canal 7 informou que ele havia sido banido de entrar na região, após protestos do grupo "Retornando ao Monte" nos dias que antecederam a celebração de Chanucá.
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