Tensão no mar: China e Japão anunciam criação de 'linha direta' entre autoridades da Defesa
14:26 27.12.2021 (atualizado: 14:27 27.12.2021)
© AFP 2023 / Kiyoshi OtaEm Tóquio, o ministro da Defesa do Japão, Nobuo Kishi, participa de cerimônia como militares ao lado do premiê japonês Fumio Kishida, em 27 de novembro de 2021
© AFP 2023 / Kiyoshi Ota
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Nesta segunda-feira (27), o ministro da Defesa japonês, Nobuo Kishi, e o ministro da Defesa chinês, Wei Fenghe, concordaram com a criação de uma linha direta entre autoridades da Defesa de ambos os países.
Mais cedo nesta segunda-feira (27), os ministros da Defesa de Japão e China realizaram uma reunião virtual. A criação da linha direta está relacionada às disputas territoriais entre os países por pequenas ilhas no mar da China Oriental, conforme publicou a agência de notícias japonesa Kyodo.
"Confirmamos que o estabelecimento antecipado de uma linha direta entre as autoridades de defesa japonesas e chinesas é importante", disse Kishi, de acordo com a agência Kyodo, acrescentando que a paz no estreito de Taiwan é extremamente importante para a segurança japonesa e que Tóquio manterá a atenção voltada às ações na região.
O ministro japonês também expressou preocupação com o suposto aumento da atividade militar da China em águas ao redor das ilhas Senkaku, controladas pelo Japão.
Já o ministro chinês afirmou que Pequim protegeria a integridade territorial, os direitos marítimos e os interesses da China em meio às tensões nas ilhas Senkaku, ainda de acordo com a mídia japonesa.
© AP Photo / 11ª Sede Regional da Guarda Costeira do JapãoNavio da guarda costeira da China navegando em águas disputadas com Japão
Navio da guarda costeira da China navegando em águas disputadas com Japão
© AP Photo / 11ª Sede Regional da Guarda Costeira do Japão
O Japão insiste na soberania sobre as ilhas, em vigor desde 1895, enquanto a China aponta para mapas japoneses de 1783 e 1785 que designam as ilhas como território chinês. A disputa territorial sobre as ilhas aumentou desde 2012, quando o governo japonês comprou três das cinco ilhas de um proprietário privado.