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Descobrem na Itália inscrição 'incomum' em elmo etrusco de 2.400 anos (FOTO)

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Capacetes (imagem referencial) - Sputnik Brasil, 1920, 29.12.2021
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Pesquisadores descobriram uma inscrição "incomum" no interior de um elmo etrusco de 2.400 anos que poderia lançar uma nova luz sobre a organização militar desse povo pré-romano.
O elmo de bronze tinha sido encontrado há mais de 90 anos na necrópole de Osteria di Vulci em 1928, na província italiana de Viterbo.
No entanto, a inscrição apenas foi notada em 2019 quando uma equipe de cientistas neozelandeses efetuou uma digitalização em 3D do objeto, descobrindo a inscrição "Harn ste" sob a zona do elmo que protege a nuca.
Esta é, de fato, uma inscrição "muito incomum" que "oferece informações fundamentais para reconstruir a organização militar e a evolução da arte da guerra" na península italiana antes da hegemonia de Roma, comunicou o Museu Nacional Etrusco de Villa Giulia.
Após análises, os cientistas sugeriram que a inscrição gravada seria um apelido derivado de um topónimo, ou seja, de um nome que indica a cidade de origem da pessoa. Acredita-se que o local em questão seja o antigo povoado de Aharnam, muito provavelmente a atual Civitella d'Arna, uma cidade localizada perto de Perúgia.
Elmo de dois soldados etruscos revela uma inscrição escondida. A descoberta estava 'escondida à vista de todos', diz o diretor de Villa Giulia.
Esta versão é fundamentada por fontes históricas que fazem referência a este sítio, onde se localizava o acampamento do comandante militar e político da Roma Antiga Ápio Cláudio Cego antes da batalha de Sentino (em 295 a.C.), durante a Terceira Guerra Samnita.
No entanto, dado que o elmo pertence a uma época ligeiramente anterior ao início das guerras samnitas, os pesquisadores formularam duas teorias sobre a sua origem.
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Segundo a primeira, o objeto em causa teria pertencido a um mercenário que viajou de Aharnam até Vulci e que gravou seu nome para assinalar a propriedade de seu equipamento.
Já a segunda, considerada mais viável, aponta que o elmo, depois que um primeiro soldado ter sido derrotado em batalha, passou para outro, provavelmente um habitante de Vulci, que não "considerou necessário apagar a inscrição interna ou simplesmente não a viu porque estava coberta por tecido", escreve agência italiana ANSA.
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