DNA (imagem ilustrativa) - Sputnik Brasil, 1920
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Incêndio subterrâneo queima há 6 mil anos em reserva natural da Austrália (FOTOS)

Montanha Ardente na Austrália - Sputnik Brasil, 1920, 02.01.2022
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Em uma reserva natural em Nova Gales do Sul, Austrália, um incêndio subterrâneo queima descontroladamente há pelo menos seis mil anos.
Localizado sob o monte Wingen, conhecido também como Montanha Ardente, este fogo está localizado em uma jazida de carvão, uma das milhares que queimam em todo o mundo. E alguns cientistas estimam que pode ser maior do que se acreditava.

"Ninguém sabe o tamanho do incêndio sob a Montanha Ardente, é possível apenas inferir [...]. É provável que seja uma bola de aproximadamente cinco a dez metros de diâmetro que alcança temperaturas de 1.000 graus Celsius", explicou ao portal ScienceAlert Guillermo Rein, professor de ciência do fogo na Universidade Imperial de Londres.

Ao contrário do incêndio típico, o fogo de uma veia de carvão queima sob a terra e é uma combustão latente, o que significa que não há chamas, de maneira similar às brasas de uma churrasqueira. Este incêndio queima a aproximadamente 30 metros de profundidade e se desloca ao sul a uma velocidade de um metro por ano.
Montanha Ardente na Austrália - Sputnik Brasil, 1920, 02.01.2022
Montanha Ardente na Austrália
Os visitantes da reserva natural podem identificá-lo através da fumaça e cinzas brancas, pelo solo quente ao tato, por rochas descoloridas amarelas e vermelhas e um odor sulfúrico emitido pelo calor.
O local é considerado sagrado por seus zeladores tradicionais, o povo aborígene wonnarua, que o utilizava para cozinhar e fabricar armas e explica sua origem com mitos de deuses.
Montanha Ardente na Austrália - Sputnik Brasil, 1920, 02.01.2022
Montanha Ardente na Austrália
"Não se pode descartar a interferência antropogênica, porém o mais provável é que tenha sido por causas naturais [...]. Pode ter sido um incêndio florestal pelo impacto de um raio que pegou um afloramento rochoso. Ou poderia ter sido uma ignição autoaquecida", afirmou Rein.
Os pesquisadores encontraram provas que indicam que o mesmo fogo poderia estar queimando inclusive durante mais tempo.
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