Crise no Cazaquistão: organizações financeiras do país têm operações suspensas
01:51 06.01.2022 (atualizado: 07:38 06.01.2022)
© AP Photo / Vladimir TretyakovEm Almaty, no Cazaquistão, um manifestante segura uma bandeira cazaque em meio a um protesto, em 5 de janeiro de 2022
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Nesta quinta-feira (6), todas as organizações financeiras no Cazaquistão suspenderam suas atividades em meio a uma operação de contraterrorismo e interrupção da Internet no país.
A informação foi divulgada pela emissora Khabar 24 citando o porta-voz do Banco Nacional, Olzhas Ramazanov.
"A agência da República do Cazaquistão para a regulação e desenvolvimento do mercado financeiro e o Banco Nacional do Cazaquistão, levando em consideração as operações de combate ao terrorismo por forças de segurança, além da interrupção temporária da Internet [...] relatam uma suspensão temporária das atividades de todas as organizações financeiras", disse Ramazanov, segundo a emissora.
O Cazaquistão enfrenta protestos de massa contra o aumento nos preços do gás liquefeito de petróleo (GLP) que se espalharam pelo país. Em meio aos confrontos com a polícia e cenas de violência e depredação, houve a interrupção do funcionamento da Internet e da transmissão de várias emissoras no país.
© AP Photo / Vladimir TretyakovEm Almaty, no Cazaquistão, a polícia bloqueia uma rua para barrar manifestantes durante protesto, em 5 de janeiro de 2022
Em Almaty, no Cazaquistão, a polícia bloqueia uma rua para barrar manifestantes durante protesto, em 5 de janeiro de 2022
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Na quarta-feira (5), o presidente do Cazaquistão, Kassym Jomart Tokaev, declarou estado de emergência. Anteriormente, Tokaev dissolveu o governo e afirmou que as autoridades cazaques vão agir de forme dura contra infratores.
Mais tarde, Tokaev anunciou o pedido de assistência militar à Organização do Tratado de Segurança Coletiva (CSTO, na sigla em inglês) "para superar a ameaça terrorista". No pedido enviado à CSTO, o governo cazaque afirmou que gangues treinadas no exterior são responsáveis pela atual crise nas ruas do país, conforme documento divulgado pelo órgão.