DNA (imagem ilustrativa) - Sputnik Brasil, 1920
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Especialistas chineses descobrem que estrelas podem se formar 10 vezes mais rápido do que imaginado

© Foto / K.-J. Chen / ASIAAMetade espelhada do interior de uma estrela supermassiva explosiva simulada de 55,5 mil massas solares um dia após o início da explosão
Metade espelhada do interior de uma estrela supermassiva explosiva simulada de 55,5 mil massas solares um dia após o início da explosão - Sputnik Brasil, 1920, 11.01.2022
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A descoberta foi feita após análises realizadas no FAST, o maior radiotelescópio do mundo, localizado na China.
Os pesquisadores usaram o megatelescópio para analisar o campo magnético dentro da nuvem molecular Lynds 1544, que fica na constelação de Touro, a cerca de 450 anos-luz da Terra.
A Lynds 1544 está à beira de se transformar em uma estrela, e os cientistas puderam registrar dados nunca antes vistos. Utilizando o radiotelescópio Arecibo, que parou de funcionar em 2020, pesquisadores conseguiram analisar o que acontecia na região mais densa e também na região menos densa de uma nuvem molecular prestes a se transformar em estrela.
Vista aérea do Telescópio de Abertura Esférica de 500 metros (FAST) no remoto condado de Pingtang, na província de Guizhou, sudoeste da China, 24 de setembro de 2016 - Sputnik Brasil, 1920, 04.01.2021
China abrirá o FAST, o maior radiotelescópio do mundo, para cientistas de outros países
Ficou faltando analisar o que acontecia entre essas duas regiões, e foi exatamente o que os especialistas do FAST conseguiram fazer. A força magnética registrada é 13 vezes mais fraca do que as teorias previam.

"Se isso for comprovado em outras nuvens de gás, será revolucionário para a comunidade de formação de estrelas. [...] O artigo basicamente diz que a gravidade vence na nuvem: é aí que as estrelas começam a se formar, não no núcleo denso. Essa é uma afirmação impressionante", disse Paola Caselli, do Instituto Max Planck de Física Extraterrestre, em entrevista à Science.

Os radiotelescópios

O icônico radiotelescópio de Arecibo, construído em 1963, foi utilizado para realizar estudos de radioastronomia, ciência atmosférica e astronomia. O colapso da estrutura começou com a ruptura de dois cabos principais que sustentavam o sistema, entre agosto e novembro de 2020. Esta deterioração fez com que outros cabos secundários, que precisaram suportar o peso de 900 toneladas de todo o sistema, fossem cedendo até seu colapso.
Radiotelescópio de Arecibo em Puerto Rico - Sputnik Brasil, 1920, 04.12.2020
VÍDEO mostra momento exato em que radiotelescópio de Arecibo colapsa
O FAST foi inaugurado em maio de 2016. O seu diferencial é a capacidade de interceptar sinais que outros radiotelescópios não conseguem, possivelmente incluindo ondas de rádio geradas por extraterrestres. Por meio dele, a China já detectou alguns exoplanetas próximos ao nosso Sistema Solar que podem ser capazes de sustentar vida.
A equipe chinesa também planeja usar o telescópio para pesquisar formas de vida alienígena mais distantes, que podem estar usando tecnologia muito superior à nossa.
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