Enviando tropas dos EUA à Ucrânia 'estaríamos sacrificando-as', diz senador americano
04:08 23.01.2022 (atualizado: 06:10 23.01.2022)
© AFP 2023 / Shah MaraiDois soldados franceses (esquerda) e um soldado dos EUA, parte da Força Internacional de Apoio à Segurança (ISAF), liderada pela OTAN, montam guarda no local de um ataque com carro-bomba na área de Pol-e-Charkhi, em Cabul, em 10 de fevereiro de 2014
© AFP 2023 / Shah Marai
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Senador do Partido Democrata dos EUA Chris Coons disse em entrevista à jornalista Greta Van Susteren que, se a Rússia invadir a Ucrânia, enviando tropas americanas para a defesa do país "estaríamos sacrificando-as".
"Eu não apoiaria o envio de tropas americanas para a Ucrânia em resposta a uma invasão russa, porque, francamente, acho que estaríamos simplesmente sacrificando-as. Acho que os russos iriam escalar drasticamente", comentou o senador.
Os comentários surgem em meio a tensões exacerbadas entre a Rússia, Ucrânia, EUA e a OTAN devido a alegações de que mais de 100 mil soldados russos estariam concentrados ao longo da fronteira entre os dois países. Coons explicou sua resposta a uma invasão hipotética.
"Creio que devemos fornecer o máximo apoio possível de nossos aliados da OTAN que estão imediatamente adjacentes à Ucrânia", observou senador.
Nesta semana, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, conduziu um diálogo com funcionários russos sobre a situação, com a administração Biden instando o uso de canais diplomáticos para aliviar o conflito.
Entretanto, neste sábado (22) a Ucrânia recebeu primeiro lote de ajuda militar dos EUA. O carregamento inclui cerca de 90 toneladas de armamentos, sendo esta a primeira das remessas do "pacote de segurança" militar de US$ 200 milhões (R$ 1,13 bilhão) aprovado em dezembro por Joe Biden, presidente dos EUA.