Manhã com Sputnik Brasil: destaques desta quarta-feira, 26 de janeiro
06:00 26.01.2022 (atualizado: 12:51 26.01.2022)
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Bom dia! A Sputnik Brasil está acompanhando as matérias mais relevantes desta quarta-feira (26), marcada pelo início de construção da cerca na fronteira Belarus-Polônia, pela ameaça de Biden de impor sanções diretamente a Putin e pela relatada exigência alemã de excluir o setor energético do regime de sanções contra a Rússia.
COVID-19 no Brasil: 18 estados e DF registram alta na ocupação de UTIs em 1 semana
Segundo o levantamento do jornal Folha de São Paulo realizado em conjunto com governos estaduais, na última semana, a ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) para infectados pela COVID-19 cresceu em 18 estados e no Distrito Federal. Oito deles já atingiram o patamar de 80% dos leitos em uso por pacientes com coronavírus. DF, Rondônia, Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Goiás, Espírito Santo, Piauí e Pernambuco estão em situação mais crítica, de acordo com os dados. Ante o crescimento dos casos, os governos dos estados liberaram alguns leitos bloqueados antes, mas a situação permanece grave. A escalada de infecções com a COVID-19 está atingindo todo o país: o Brasil confirmou mais 489 mortes e 199.126 casos de COVID-19, totalizando 623.901 óbitos e 24.334.072 diagnósticos da doença, informou o consórcio entre secretarias estaduais de saúde e veículos de imprensa.
© Folhapress / Daniel MarencoMédicos e enfermeiros atendem paciente com COVID-19 em UTI, no Hospital das Clínicas de Porto Alegre
Médicos e enfermeiros atendem paciente com COVID-19 em UTI, no Hospital das Clínicas de Porto Alegre
© Folhapress / Daniel Marenco
MP e TCU pede quebra de sigilo de salário de Sergio Moro
Nesta terça-feira (25), o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União pediu ao ministro Bruno Dantas que retire o sigilo do salário do ex-juiz Sergio Moro no período em que ele colaborava com a consultoria Alvares&Marsal. A companhia prestava serviços a empresas denunciadas na Lava Jato. Moro foi contratado pela consultoria depois que ele saiu do Ministério da Justiça do governo Bolsonaro. Na visão do procurador Lucas Furtado, autor da solicitação, a medida é importante "visto o possível conflito de interesses da atuação do ex-magistrado quando era consultor na administradora da recuperação judicial do grupo de empresas condenadas pela Lava Jato", cita o trecho o portal UOL. O próprio Moro garantiu que nunca atuou em prol de empresas envolvidas na operação e negou qualquer conflito de interesse.
© Folhapress / Pedro Ladeira O ministro da Justiça, Sergio Moro, é aplaudido por servidores e assessores após pronunciamento no qual anunciou sua demissão do cargo, após um embate com o presidente Jair Bolsonaro
O ministro da Justiça, Sergio Moro, é aplaudido por servidores e assessores após pronunciamento no qual anunciou sua demissão do cargo, após um embate com o presidente Jair Bolsonaro
© Folhapress / Pedro Ladeira
Biden ameaça Putin com sanções pessoais ante a crise em torno da Ucrânia
O presidente norte-americano, Joe Biden, disse ontem, terça-feira (25), que vai considerar impor sanções ao presidente russo Vladimir Putin diretamente caso a Rússia invada a Ucrânia. "Sim, vou pensar nisso", respondeu ele a uma questão sobre tal possibilidade. O presidente apontou que o futuro das tensões Rússia-Ucrânia depende totalmente do presidente Putin, que, na opinião de Biden, ainda não tomou a decisão final sobre o avanço para a Ucrânia. Em resposta, o presidente da câmara baixa do Parlamento russo, Vyacheslav Volodin, qualificou tais sanções de medidas hostis contra a Rússia: "Os EUA não estão felizes por, sob a liderança do presidente Vladimir Putin, a Federação da Rússia ter ficado forte e independente", escreveu o político no Telegram. "Enfim, a liderança dos EUA disse abertamente o que está procurando: Washington quer um presidente russo fiel, que possa controlar." As tensões em torno da Ucrânia têm se intensificado nos últimos meses. O Ocidente e Kiev acusam Moscou de alegada preparação para uma invasão, acusações negadas pelo Kremlin.
© Sputnik / Mikhail MetselPresidente russo, Vladimir Putin, durante reunião com o governador de uma das regiões da Rússia, 24 de janeiro de 2022
Presidente russo, Vladimir Putin, durante reunião com o governador de uma das regiões da Rússia, 24 de janeiro de 2022
© Sputnik / Mikhail Metsel
Embaixada russa: armas entregues por EUA a Kiev acabarão nas mãos de militantes
As armas que os Estados Unidos estão transferindo para a Ucrânia acabarão nas mãos de militantes e terroristas, declarou a embaixada da Rússia em Washington. "As autoridades dos EUA fazem isso, sabendo perfeitamente que o armamento americano letal vai acabar nas mãos de militantes e terroristas na Ucrânia", diz o comunicado da missão diplomática no Facebook. Ontem (25), o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price, confirmou que as entregas de equipamento militar defensivo letal dos EUA para Kiev vão continuar, no quadro do pacote de segurança de US$ 200 milhões (R$ 1,08 bilhão). Segundo suas palavras durante um briefing, "essas entregas continuarão nos próximos dias e nas próximas semanas". O porta-voz acrescentou ainda que o departamento não vai detalhar todos os elementos da assistência de segurança defensiva americana prestada à Ucrânia. Enquanto isso, a embaixada ucraniana confirmou que na terça-feira (25) os EUA enviaram 300 sistemas de mísseis antitanque Javelin para o país.
© REUTERS / Força Aérea dos EUA/Roland BalikCarga com munições, armas e outros equipamentos pronta para ser enviada para a Ucrânia a partir da base da Força Aérea de Dover, EUA, 24 de janeiro de 2022
Carga com munições, armas e outros equipamentos pronta para ser enviada para a Ucrânia a partir da base da Força Aérea de Dover, EUA, 24 de janeiro de 2022
© REUTERS / Força Aérea dos EUA/Roland Balik
Polônia começa a construir barreira na fronteira com Belarus
A Polônia começou a construção de uma cerca de 186 quilômetros de extensão na fronteira com Belarus, anunciou na terça-feira (25) a Guarda de Fronteiras do país. "A construção de uma barreira na fronteira Polônia-Belarus começou. Hoje [25], a Guarda de Fronteiras entregou os estaleiros de construção aos empreiteiros", diz o comunicado. A construção da cerca de aço de cinco metros de altura custará aproximadamente US$ 400 milhões (R$ 2,17 bilhões). "É o maior investimento na história da Guarda de Fronteiras", acrescentou. A decisão de criar a vedação na fronteira com Belarus foi tomada após milhares de imigrantes do Oriente Médio terem chegado na fronteira em uma tentativa de entrar na União Europeia. A cerca será equipada com câmeras de visão noturna e sensores de movimento para impedir entradas ilegais. Portões especiais serão construídos para permitir a livre circulação de animais selvagens através da fronteira.
© AFP 2023 / WOJTEK RADWANSKIOficial de guarda polonês durante patrulha na fronteira Polônia-Belarus, no nordeste da Polônia, 25 de janeiro de 2022
Oficial de guarda polonês durante patrulha na fronteira Polônia-Belarus, no nordeste da Polônia, 25 de janeiro de 2022
© AFP 2023 / WOJTEK RADWANSKI
Bloomberg: Alemanha se opõe a sanções contra a Rússia no setor da energia
A Alemanha está buscando exceções para o setor energético caso o acesso dos bancos às contas em dólares seja bloqueado em resultado de sanções contra a Rússia, que o Ocidente ameaça impor devido à escalada na Ucrânia, informa a agência Bloomberg citando documentos. Na terça-feira (25), o tabloide alemão Bild relatou que os EUA estão considerando a possibilidade de bloquear as entregas de matérias-primas russas. Esse plano, segundo relatos, foi elaborado pelo diretor da CIA William Burns e apresentado a Berlim. Segundo um dos documentos, a Alemanha está preocupada pelo fato de, sem exceções para o setor energético, as entregas de combustíveis russos para a Europa poderem ficar sob ameaça. De acordo com palavras de uma fonte da agência, a exceção não incluirá o gasoduto Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2). Segundo a Bloomberg, em caso de "agressão russa", Berlim está pronta para aprovar o pacote de sanções, mas sob condição de excluir dele o setor energético.