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Evo Morales garante que havia plano para suspender eleições de 2020 com intervenção estrangeira

© CLAUDIO CRUZO ex-presidente da Bolívia Evo Morales durante entrevista coletiva no hotel Fiesta Americana na Cidade do México, em 22 de outubro de 2021
O ex-presidente da Bolívia Evo Morales durante entrevista coletiva no hotel Fiesta Americana na Cidade do México, em 22 de outubro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 31.01.2022
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Ex-presidente afirmou, em entrevista, que policiais estavam dispostos a se disfarçar de agricultores e atacar o Exército, ações que visavam incitar a intervenção estrangeira no país.
O ex-presidente da Bolívia Evo Morales assegura que, no âmbito das eleições gerais de 2020 no país, foi elaborado um plano que envolvia as forças de segurança para criar uma convulsão social e conseguir a suspensão dessas eleições.
Neste domingo (30), no programa de rádio Voces de Libertad (Vozes da Liberdade), Morales destacou que seus adversários políticos queriam provocar uma intervenção estrangeira usando os camponeses da área cocaleira do Trópico de Cochabamba como isca. O departamento de Cochabamba foi um dos principais focos dos protestos contra o adiamento das eleições, que estavam marcadas para 6 de setembro e foram adiadas para 18 de outubro.
"A polícia tinha que se disfarçar de cocaleiros [plantadores de coca] ou de camponeses para atirar no Exército e poder culpar o movimento camponês do Trópico e assim justificar uma intervenção militar estrangeira, suspendendo com isso as eleições", disse o ex-presidente.
Jeanine Áñez, ex-auto proclamada presidente interina da Bolívia (2019-2020), em um carro fora da sede da Força Especial de Combate ao Crime (FELCC, na sigla em espanhol) em La Paz, Bolívia 13 de março de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 25.01.2022
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No início de 2020, militares das Forças Armadas da Bolívia entraram na região do Chapare, no Trópico de Cochabamba, escoltados por três veículos blindados do tipo tanque leve, para supostamente realizar atividades de socorro e práticas de paraquedismo.
Naquela época, Morales havia denunciado que na realidade era um plano do governo "de facto" da Bolívia para militarização e erradicação forçada naquela área e que os militares se preparavam para reprimir seus habitantes. Os cocaleiros rejeitaram a presença militar e a chamaram de "ato de provocação, insulto e intimidação".
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