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Asteroides bebês: cientistas descobrem dupla de asteroides mais nova do Sistema Solar

© Foto / UC Berkeley/SETI InstituteRepresentação digital dos asteroides 2019 PR2 e 2019 QR6
Representação digital dos asteroides 2019 PR2 e 2019 QR6 - Sputnik Brasil, 1920, 07.02.2022
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Os cientistas acreditam que os dois asteroides foram formados há menos de 300 anos. Depois dessa dupla, os asteroides mais novos já descobertos têm cerca de 3.000 anos de idade.
Os pesquisadores vêm estudando os asteroides 2019 PR2 e 2019 QR6 desde que eles passaram próximo da Terra em 2019. O recente estudo foi publicado na revista acadêmica Royal Astronomical Society.

"É animador encontrar um par de asteroides tão jovens, que foram formados cerca de 300 anos atrás, o que é basicamente na manhã de hoje, nem sequer ontem, em escalas de tempo astronômicas", disse o cientista Petr Fatka, do Instituto de Astronomia da Academia Tcheca de Ciências na República Tcheca, em comunicado do observatório Lowell, nos EUA.

A teoria mais aceita sobre a origem dos asteroides é que a maioria deles está vagando pela nossa galáxia desde o início da formação do Universo. Astrônomos acreditam inclusive que planetas como a Terra, Marte, Vênus e Mercúrio se formaram a partir do acúmulo dessas grandes rochas espaciais.
Desde a sua descoberta, esses dois asteroides intrigam os cientistas, primeiramente pela sua órbita em formato de elipse, que é rara em comparação com outros que passam próximo da Terra em sua órbita ao redor do Sol, e também pelas semelhanças entre um e outro.
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Os cientistas acreditam que eles sejam asteroides binários, rochas estelares de mesma origem. O problema é que até agora pouco se sabe sobre este tipo de formação.
"É claro que [os asteroides] 2019 PR2 e 2019 QR6 vêm do mesmo objeto original e a grande semelhança orbital não é coincidência", disse Fatka.
De acordo com os cientistas, acredita-se que provavelmente a maioria dos asteroides binários se originaram de asteroides que giram tão rápido que começam a perder pedaços que se transformam em asteroides menores. Contudo, isso demoraria mais que 270 anos e surgiu a hipótese de o objeto original ter sido um cometa. O problema é que, ao analisar os dados de 2019, não foi encontrado nenhum resquício de atividade que comprove que poderia ter sido um cometa.
Os astrônomos agora contam os dias para a chegada de 2033, que é quando a dupla 2019 PR2 e 2019 QR6 vai passar novamente próximo da Terra e poderá ser observada em maior detalhe.
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