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Putin: Europa será levada à guerra se Ucrânia entrar à força na Crimeia como membro da OTAN

© Sputnik / Sergei Guneev / Acessar o banco de imagensVladimir Putin, presidente da Rússia, em coletiva de imprensa após encontro com o presidente da França, Emmanuel Macron, em Moscou
Vladimir Putin, presidente da Rússia, em coletiva de imprensa após encontro com o presidente da França, Emmanuel Macron, em Moscou - Sputnik Brasil, 1920, 08.02.2022
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Se a Ucrânia se juntar à OTAN e tentar recuperar a Crimeia por meios militares, os países europeus serão arrastados para uma guerra contra a Rússia na qual não haverá vencedores, disse o presidente russo, Vladimir Putin, nesta segunda-feira (7), em entrevista coletiva após reunião presencial com o presidente francês, Emmanuel Macron, em Moscou.
Apesar da preocupação, Putin afirmou que deseja fazer o possível para encontrar meios de reduzir as tensões.
"Eu quero enfatizar isso novamente. Eu afirmei, mas realmente gostaria que você finalmente me ouvisse e transmitisse isso para leitores, telespectadores e internautas. Você entende ou não que se a Ucrânia se juntar à OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte] e tentar recuperar a Crimeia por meios militares, os países europeus serão automaticamente arrastados para um conflito militar com a Rússia?", questionou o presidente ao seu homólogo francês.
Na sequência, Putin ressaltou que a Rússia "não permitirá" eventual tentativa como esta na Crimeia.
Embora tenha afirmado que o potencial militar da OTAN é incomparável com o de seu país, o presidente lembrou que a Rússia "é uma das principais potências nucleares" e está "à frente de muitas nações" atualmente.
"Não haverá vencedores. E você se verá arrastado para o conflito contra a sua vontade. Você nem terá tempo para piscar. O senhor presidente [da França], é claro, não quer esse desenrolar. E eu também não quero. É por isso que ele está aqui e me atormentou por seis horas com perguntas, garantias e opções de soluções", disse Putin.
O presidente russo ainda destacou que a OTAN tentou ditar regras para a Rússia após cercar as fronteiras do território com armamentos enviados à Ucrânia.
"Depois de mover sua infraestrutura militar para perto de nossas fronteiras, a OTAN e seus Estados-membros se consideram no direito de nos mandar uma mensagem sobre onde e como colocar nossas forças armadas e acreditam ser possível exigir a não realização de exercícios e manobras planejadas", disse ele.
Em Moscou, o presidente russo Vladimir Putin gesticula em coletiva de imprensa após encontro com o presidente francês Emmanuel Macron, em 7 de fevereiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 07.02.2022
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Segundo Putin, o movimento das tropas russas em seu próprio território é apresentado pelo Ocidente como uma ameaça de invasão à Ucrânia. Porém, ele recordou que os membros da OTAN continuam a reforçar a Ucrânia com armas.
"Os países-membros da OTAN continuam a encher a Ucrânia com tipos modernos de armas, alocando recursos financeiros significativos para a modernização do exército ucraniano e enviando especialistas e instrutores militares", apontou.
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