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COVID-19 pode ser ativador de vírus que 'dormem' no corpo, segundo cientistas

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Vírus (imagem referencial) - Sputnik Brasil, 1920, 13.02.2022
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Pesquisadores da Espanha, México e França identificaram maior prevalência de um retrovírus em pacientes com casos graves de coronavírus, ou com casos de coronavírus longo.
Há uma relação entre casos graves de coronavírus e de coronavírus longo e um vírus que se ativa após infecção pelo SARS-CoV-2, concluíram cientistas da Espanha, México e França em um estudo publicado no servidor de pré-impressão medRxiv.
Pesquisadores do Instituto Nacional de Doenças Respiratórias do México, das universidades de Lyon e Toulouse e do Instituto Aragonês de Ciências da Saúde realizaram um estudo in vitro, em laboratório, infectando células saudáveis com COVID-19. Eles descobriram que o retrovírus HERV-W ENV aumentou significativamente no soro e plasma de pacientes da doença do coronavírus, especialmente os que tinham doença grave.
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Os retrovírus, ou retrovírus endógenos humanos (HERV, na sigla em inglês), são restos de infecções virais antigas que permaneceram inativas no corpo, mas que podem se ativar de novo. Segundo estudos dos últimos anos, esses retrovírus podem interferir de alguma forma em funções fisiológicas.
"Nossos dados sugerem que o HERV-W ENV pode estar envolvido em características patogênicas subjacentes aos sintomas da COVID-19 aguda e pós-aguda", indicam os autores da pesquisa, que ainda não foi revista por pares. Os retrovírus foram analisados por já ter sido demonstrado no passado que podem estar relacionados com o sistema imune, especialmente quando este reage de forma exagerada.
O estudo conseguiu determinar as seguintes realidades:
1.
O SARS-CoV-2 pode ativar a produção do HERV-W ENV em algumas células de sangue de pessoas saudáveis.
2.
Esse retrovírus se encontra em linfócitos T de pacientes com coronavírus.
3.
O HERV-W ENV é detectado em todas as amostras de plasma e soro de casos graves de coronavírus, o nível do retrovírus aumenta com a gravidade da doença.
Neste momento só falta demonstrar se os retrovírus favorecem a gravidade da COVID-19 contraída pelos pacientes.
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