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Ficção científica? Cientistas explicam como lasers podem enviar missões a Marte em apenas 45 dias
Ficção científica? Cientistas explicam como lasers podem enviar missões a Marte em apenas 45 dias
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Usando a tecnologia atual, são necessários de seis a nove meses para ir da Terra até Marte. Cientistas dizem ser possível mudar o tempo deste trajeto para 45... 16.02.2022, Sputnik Brasil
2022-02-16T23:13-0300
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Missões tripuladas a Marte na próxima década são o futuro da humanidade. Mas há desafios logísticos e tecnológicos significativos. Para começar, as missões só podem ser lançadas para Marte a cada 26 meses, quando os dois planetas estão nos pontos mais próximos em sua órbita um do outro.As tecnologias de propulsão nuclear-térmica ou nuclear-elétrica (NTP/NEP) podem levar 100 dias para chegar a Marte, mas ainda são um trânsito de mão única. Para uma equipe de pesquisadores da Universidade McGill, de Montreal, o futuro da colonização do Planeta Vermelho está em um sistema de propulsão laser-térmico. De acordo com seu estudo, espaçonaves que dependem deste novo sistema de propulsão (onde os lasers são usados para aquecer o combustível de hidrogênio) poderia reduzir os tempos de trânsito para Marte para apenas 45 dias.A publicação, recentemente submetida à revista Astronomy & Astronomy, revelou que a propulsão de energia direcionada (DE) tem sido objeto de considerável pesquisa e interesse, citando outros experimentos que fazem uso da tecnologia. A maioria destes conceitos exigem uma matriz de laser de potência de gigawatt para acelerar uma vela de luz e uma pequena espaçonave a uma fração da velocidade da luz para alcançar sistemas estelares próximos em décadas, em vez de séculos ou milênios.Além da propulsão a vela a laser, o DE está sendo explorado para várias outras aplicações de exploração espacial. Isso inclui transmissão de energia de e para espaçonaves e habitats permanentemente sombreados (por exemplo, o Programa Artemis), além de comunicações, defesa de asteroides e a busca de possíveis tecnológicas extraterrestres. Os lasers são usados para fornecer energia a matrizes fotovoltaicas em uma espaçonave, que é convertida em eletricidade para alimentar um propulsor de efeito Hall (motor de íons). Essa ideia é semelhante a um sistema de propulsão nuclear-elétrica (NEP), onde uma matriz de laser substitui um reator nuclear. Ao combinar os elementos necessários, um foguete térmico a laser poderia permitir trânsitos muito rápidos para Marte que seriam tão curtos quanto seis semanas, algo que antes era considerado possível apenas com motores de foguete movidos a energia nuclear. O benefício mais imediato é que apresenta uma solução para os perigos dos trânsitos no espaço profundo, como exposição prolongada à radiação e microgravidade.A missão apresenta alguns obstáculos, já que muitas das tecnologias envolvidas são de ponta e ainda não foram testadas."A câmara de aquecimento a laser é provavelmente o desafio mais significativo: podemos conter gás hidrogênio, nosso propulsor, à medida que é aquecido pelo feixe de laser a temperaturas superiores a 10.000 K [9.726,8 graus Celsius], mantendo ao mesmo tempo as paredes da câmara frias? Nossos modelos dizem que isso é viável, mas testes experimentais em escala real não são possíveis no momento porque ainda não construímos os lasers de 100 MW necessários", explicaram os cientistas.
https://noticiabrasil.net.br/20210615/artemis-brasil-assina-cooperacao-com-novo-programa-da-nasa-para-enviar-humanos-a-lua-17659546.html
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Ficção científica? Cientistas explicam como lasers podem enviar missões a Marte em apenas 45 dias
23:13 16.02.2022 (atualizado: 23:23 16.02.2022) Usando a tecnologia atual, são necessários de seis a nove meses para ir da Terra até Marte. Cientistas dizem ser possível mudar o tempo deste trajeto para 45 dias.
Missões tripuladas a Marte na próxima década são o futuro da humanidade. Mas há desafios logísticos e tecnológicos significativos.
Para começar, as missões só podem ser lançadas para Marte a cada 26 meses, quando os dois planetas estão nos
pontos mais próximos em sua órbita um do outro.
As tecnologias de propulsão nuclear-térmica ou nuclear-elétrica (NTP/NEP) podem levar 100 dias para chegar a Marte, mas ainda são um trânsito de mão única.
Para uma equipe de pesquisadores da Universidade McGill, de Montreal, o futuro da colonização do Planeta Vermelho está em um sistema de propulsão laser-térmico.
De
acordo com seu estudo, espaçonaves que dependem deste novo sistema de propulsão (onde os
lasers são usados para aquecer o combustível de hidrogênio) poderia reduzir os tempos de trânsito para Marte
para apenas 45 dias.
A publicação, recentemente submetida à revista Astronomy & Astronomy, revelou que a propulsão de energia direcionada (DE) tem sido objeto de considerável pesquisa e interesse, citando outros
experimentos que fazem uso da tecnologia.
A maioria destes conceitos exigem uma matriz de laser de potência de gigawatt para acelerar uma vela de luz e uma pequena espaçonave a uma fração da velocidade da luz para alcançar sistemas estelares próximos em décadas, em vez de séculos ou milênios.
Além da propulsão a vela a laser, o DE está sendo explorado para várias outras aplicações de exploração espacial. Isso inclui transmissão de energia de e para espaçonaves e habitats permanentemente sombreados (por exemplo, o Programa Artemis), além de comunicações, defesa de asteroides e a busca de possíveis tecnológicas extraterrestres.
Os lasers são usados para fornecer energia a matrizes fotovoltaicas em uma espaçonave, que é convertida em eletricidade para alimentar um propulsor de efeito Hall (motor de íons). Essa ideia é semelhante a um sistema de propulsão nuclear-elétrica (NEP), onde uma matriz de laser substitui um reator nuclear.
Ao combinar os elementos necessários, um foguete térmico a laser poderia permitir trânsitos muito rápidos para Marte que seriam tão curtos quanto seis semanas, algo que antes era considerado possível
apenas com motores de foguete movidos a energia nuclear.
O benefício mais imediato é que apresenta uma solução para os perigos dos trânsitos no espaço profundo, como exposição prolongada à radiação e microgravidade.
10 de fevereiro 2022, 12:41
A missão apresenta alguns obstáculos, já que muitas das tecnologias envolvidas são de ponta e ainda não foram testadas.
"A câmara de aquecimento a laser é provavelmente o desafio mais significativo: podemos conter gás hidrogênio, nosso propulsor, à medida que é aquecido pelo feixe de laser a temperaturas superiores a 10.000 K [9.726,8 graus Celsius], mantendo ao mesmo tempo as paredes da câmara frias? Nossos modelos dizem que isso é viável, mas testes experimentais em escala real não são possíveis no momento porque ainda não construímos os lasers de 100 MW necessários", explicaram os cientistas.