Zelensky não precisa de paz, diz presidente da câmara baixa do Parlamento russo
06:12 27.02.2022 (atualizado: 13:26 27.02.2022)
© Sputnik / Valeriy Melnikov
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Na atual situação o presidente ucraniano Vladimir Zelensky deveria estar buscando todas as oportunidades para negociações, mas ele só encontra justificativas, declarou Vyacheslav Volodin, presidente da Duma (câmara baixa do Parlamento russo).
"Nas circunstâncias atuais, no interesse dos cidadãos da Ucrânia, Zelensky deve procurar todas as oportunidades para as negociações. Mas em vez de participar nelas [ele] busca justificativas", escreveu Volodin em sua conta no Telegram.
O parlamentário russo observou que por parte de Zelensky isto é um crime contra o povo da Ucrânia e a comunidade mundial.
O presidente da Duma considera que um dos erros do líder ucraniano foi sua falta de vontade para iniciar um diálogo construtivo com as repúblicas populares de Donbass, o que levou a consequências trágicas.
"Em vez disso ele [Zelensky] preferiu o genocídio de muitos anos contra milhões de habitantes das regiões outrora ucranianas. O resultado é conhecido. Os cidadãos de Donbass solicitaram o reconhecimento da soberania e decidiram construir sua vida de forma independente, sem Kiev. A culpa de Zelensky nisso é óbvia", acrescentou.
Volodin recordou que neste domingo (27) Moscou propôs a Kiev realizar negociações em Gomel – "cidade escolhida pelo lado ucraniano".
"Mas Zelensky novamente, tal como aconteceu com a RPD [República Popular de Donetsk] e RPL [República Popular de Lugansk], sob vários pretextos ele se afasta delas [negociações]. Anteriormente já era claro que Zelensky não é uma pessoa independente, que ele foi colocado no poder por Washington. O atual conflito é necessário e favorável para os EUA, que têm vindo a encher a Ucrânia com armas, fazendo tudo para que tenha sido criada a situação atual", ressaltou político russo.
"Zelensky não precisa de paz. As consequências são óbvias. Se ontem Zelensky perdeu Donbass por causa de sua posição, hoje ele pode perder a Ucrânia", concluiu Volodin.
Na madrugada da quinta-feira (24), o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou uma operação especial militar na região de Donbass. A operação foi deflagrada após pedido de assistência militar feito pelas recém-reconhecidas repúblicas populares de Lugansk e Donetsk.
Segundo o governo russo, os ataques têm como objetivo desmilitarizar a Ucrânia e combater a presença de neonazistas no país, garantindo a segurança da região de Donbass e da Rússia.
Segundo o governo russo, os ataques têm como objetivo desmilitarizar a Ucrânia e combater a presença de neonazistas no país, garantindo a segurança da região de Donbass e da Rússia.