Mais de 187 mil saíram da Ucrânia para a Rússia desde início da operação, diz Ministério da Defesa
16:03 10.03.2022 (atualizado: 18:45 10.03.2022)
© Sputnik / Sergei AverinEm Rostov, na Rússia, moradores da República Popular de Donetsk (RPD) caminham na estação ferroviária de Debaltseve durante a evacuação para o território russo, em 19 de fevereiro de 2022.
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Desde o início da operação militar especial, mais de 187 mil pessoas — incluindo 46.696 crianças — evacuaram da Ucrânia para a Rússia, informou o diretor do Centro Nacional de Gerenciamento de Defesa da Federação da Rússia, coronel-general Mikhail Mizintsev, nesta quinta-feira (10).
Segundo ele, no total já são 2.617.349 apelos para cruzar a fronteira. Mizintsev apontou que, somente nesta quinta-feira (10), 27.439 civis ucranianos e estrangeiros solicitaram o ingresso na Rússia.
O coronel-general ressaltou ainda que os pedidos de evacuação por Moscou direcionados a prefeitos de cidades ucranianas continuam sendo ignorados. Ele afirma que, em vez disso, o governo de Kiev tem "mentido" ao declarar que a Rússia não estaria colaborando com os corredores humanitários.
"Os radicais dos batalhões de defesa territorial continuam a matar, torturar e a manter reféns como um 'escudo humano'. Mais de 4,5 milhões de civis expressaram o desejo de evacuar imediatamente para áreas seguras dos horrores e arbitrariedades organizados pelos nacionalistas", disse Mizintsev.
© Sputnik / Aleksei KudenkoRefugiados de Mariupol que conseguiram deixar a cidade apesar dos tiros. Não é possível evacuar os moradores da cidade pelos corredores humanitários por Kiev não garantir o cessar-fogo.
Refugiados de Mariupol que conseguiram deixar a cidade apesar dos tiros. Não é possível evacuar os moradores da cidade pelos corredores humanitários por Kiev não garantir o cessar-fogo.
© Sputnik / Aleksei Kudenko
O diretor do Centro Nacional de Gerenciamento de Defesa afirmou ainda que mais de 7 mil cidadãos de 21 países estrangeiros são "mantidos reféns de neonazistas ucranianos" e que a Rússia tem recebido "apelos para salvar seus compatriotas".
No entanto, segundo ele, "o lado ucraniano praticamente não reage aos apelos oficiais e não oficiais, incluindo os de parceiros internacionais".
Mizintsev aponta que o Ocidente permanece observando a distância a catastrófica situação humanitária na Ucrânia, em que "ucranianos e estrangeiros comuns continuam vítimas do neonazismo, que tomou conta da autoridade em Kiev".