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Trump processa Clinton por tentar fraudar eleições de 2016 e acusá-lo de conluio com a Rússia

© AP Photo / Patrick SemanskyNesta foto de arquivo, o candidato presidencial republicano Donald Trump e a candidata presidencial democrata Hillary Clinton falam durante o segundo debate presidencial na Universidade de Washington em St. Louis, 9 de outubro de 2016
Nesta foto de arquivo, o candidato presidencial republicano Donald Trump e a candidata presidencial democrata Hillary Clinton falam durante o segundo debate presidencial na Universidade de Washington em St. Louis, 9 de outubro de 2016 - Sputnik Brasil, 1920, 24.03.2022
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O bilionário magnata do setor imobiliário passou grande parte de seu mandato se esquivando das alegações de que ele era um "candidato manchuriano" russo, mesmo depois de uma investigação concluir sua inocência sobre qualquer irregularidade em 2019.
O ex-presidente Donald Trump entrou com uma ação contra Hillary Clinton, o Comitê Nacional Democrata e outros democratas de alto escalão, por supostas tentativas de fraudar a eleição presidencial dos EUA em 2016 e as constantes tentativas de vincular sua campanha ao Kremlin.
"Agindo em conjunto, os réus conspiraram maliciosamente para tecer uma falsa narrativa de que seu oponente republicano, Donald J. Trump, estava conspirando com uma soberania estrangeira hostil", dizem as linhas do processo judicial apresentado em um tribunal federal da Flórida na quinta-feira (24).
"As ações tomadas em prol de seu esquema - falsificação de provas, enganar a aplicação da lei e explorar o acesso a fontes de dados altamente confidenciais - são tão ultrajantes, subversivas e incendiárias que até mesmo os eventos de Watergate são insignificantes em comparação", afirma o documento.
O processo vem logo após o indiciamento da campanha de Hillary Clinton de 2016 e da acusação contra seu advogado, Michael Sussman, por mentir ao FBI sobre o "Russiagate" - uma teoria da conspiração que sugeria que Donald Trump era um agente da Rússia e que sua campanha presidencial era coordenada com o Kremlin.
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Sussman foi acusado pelo procurador especial John Durham, que foi escolhido pelo procurador-geral de Trump, Bill Barr, para investigar crimes que podem ter sido cometidos no âmbito do Russiagate, e cujo trabalho foi autorizado a continuar sob a condução do advogado geral de Biden, Merrick Garland.
A acusação de Sussman seguiu uma confissão de culpa do agente do FBI, Kevin Clinesmith, por mentir para o Tribunal de Vigilância de Inteligência Estrangeira dos Estados Unidos (FISA, na silga em inglês) e enviar um e-mail manipulado digitalmente para justificar uma campanha de espionagem do FBI contra o ex-assessor de campanha de Trump, Carter Page.
Clinton descartou as alegações da investigação de Durham como uma "teoria da conspiração".
"Eles estão vindo atrás de mim de novo [...] Tudo bem, quanto mais problemas Trump se envolve, mais loucas as acusações e teorias da conspiração sobre mim parecem ficar, então agora seus contadores o demitiram e as investigações se aproximam dele", disse.
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Em resposta à Hillary Clinton, Trump afirmou: "[Ela é] uma das figuras políticas mais corruptas que já concorreram à presidência [dos EUA]".

O ex-presidente chamou a investigação de Durham de "evidência indiscutível" de irregularidades criminosas por parte de Clinton e sugeriu que suas ações constituíam "traição".
No mês passado, o ex-diretor de Inteligência Nacional dos EUA, John Ratcliffe, disse que espera ver "mais algumas acusações" como resultado da investigação de Durham.
Trump passou quase três de seus quatro anos no cargo negando alegações de democratas e da mídia partidária de que ele estava em conluio com os russos. Em abril de 2019, o procurador especial Robert Mueller absolveu Trump e sua campanha, dizendo que não encontrou evidências de tal conluio.
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