Bolsonaro decide demitir Milton Ribeiro do Ministério da Educação, diz mídia
© Foto / Isac Nóbrega / Palácio do Planalto / CCBY 2.0Milton Ribeiro, então ministro da Educação, em solenidade de posse (foto de arquivo)
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Após pressão do centrão e reunião com a cúpula do PL ontem (27), presidente teria aceitado que o melhor é optar pela saída do ministro da pasta. Contudo, também é ventilado na mídia que Ribeiro pode vir a pedir licença do cargo até amanhã (29).
O presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu voltar atrás e vai pedir a demissão do ministro da Educação, Milton Ribeiro, de acordo com o site O Antagonista do portal UOL.
A mídia afirma que Ribeiro deixará o ministério no dia 1º de abril e será substituído por Garigham Amarante, diretor de Ações Educacionais do FNDE e apadrinhado do presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
Ontem (27), o mandatário teria sido convencido por Costa Neto de que não vale a pena deixar o governo sangrando, uma vez que a própria bancada evangélica lavou as mãos em relação ao ministro e seus pastores lobistas, segundo O Antagonista.
No entanto, há outra possibilidade que também envolve a saída de Ribeiro, mas com diferente orientação e com possível outro nome indicado.
© Foto / Alan Santos / Palácio do Planalto / CCBY 2.0Cerimônia de Formatura dos alunos do Instituto Rio Branco e imposição de insígnias da Ordem de Rio Branco com Jair Bolsonaro e Milton Ribeiro em Brasília (foto de arquivo)
Cerimônia de Formatura dos alunos do Instituto Rio Branco e imposição de insígnias da Ordem de Rio Branco com Jair Bolsonaro e Milton Ribeiro em Brasília (foto de arquivo)
© Foto / Alan Santos / Palácio do Planalto / CCBY 2.0
Segundo relatado pela CNN, o ministro sinalizou que pretende se afastar do cargo até o final das investigações e traria sua decisão a público até amanhã (29). O nome indicado para pasta, de acordo com a mídia, é o de Victor Godoy Veiga, auditor de careira da Controladoria-Geral da União (CGU) e secretário-executivo do Ministério da Educação.
Até o momento, a postura de Bolsonaro era manter Ribeiro na pasta, e chegou a dizer na última quinta-feira (24) que colocaria sua "cara no fogo" por ele, conforme noticiado.
Porém, desde o começo do escândalo na semana passada, os aliados do presidente –principalmente os líderes do centrão – não enxergavam com bons olhos a permanência do chefe da Educação no cargo, visto que poderia abalar a candidatura de Bolsonaro à presidência esse ano.
Na terça-feira (22), um áudio de Milton Ribeiro declarando que o governo federal dá prioridade de liberação de verbas a prefeituras cuja negociação seja feita por dois pastores evangélicos (sem cargo no Executivo) abriu uma série de investigações acerca de um esquema informal de obtenção de verbas do MEC.