Líderes alemães ganham aumentos salariais após alertar população para 'tempos difíceis'
15:57 02.04.2022 (atualizado: 06:02 03.04.2022)
© AP Photo / Geert Vanden WijngaertO chanceler alemão Olaf Scholz fala durante uma entrevista coletiva após uma cúpula da UE em Bruxelas, em 25 de março de 2022
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O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, o ministro das Finanças, Christian Lindner, o ministro da Economia, Robert Habeck, e outros altos funcionários receberam aumentos salariais, informou o portal alemão DWN, citando novos números salariais de membros do governo que entraram em vigor nesta sexta-feira (1º).
Enquanto isso, a Alemanha pode estar à beira de uma crise econômica ao aderir às sanções ocidentais contra a Rússia e ficar sob risco de escassez de energia. Ao longo das últimas semanas, os altos funcionários têm pedido aos alemães comuns que se preparem para "tempos difíceis".
Scholz, cujo salário mensal é próximo a 30.000 euros, obteve um aumento de 345 euros por mês. Já Lindner e Habeck agora estão recebendo mais 275 euros cada, segundo as informações do DWN.
© REUTERS / POOLChanceler alemão, Olaf Scholz, e o vice-chanceler da Alemanha e ministro da Economia e Proteção Climática, Robert Habeck, durante reunião do Gabinete de Segurança Federal sobre crise ucraniana, Berlim, 4 de março de 2022
Chanceler alemão, Olaf Scholz, e o vice-chanceler da Alemanha e ministro da Economia e Proteção Climática, Robert Habeck, durante reunião do Gabinete de Segurança Federal sobre crise ucraniana, Berlim, 4 de março de 2022
© REUTERS / POOL
Na última sexta-feira (1º), Habeck alertou que a possível crise de energia resultante das desgastadas relações germano-russas devido à situação na Ucrânia afetaria o bem-estar econômico dos alemães, conforme noticiou o jornal Bild.
Já o secretário parlamentar para assuntos econômicos, Oliver Krischer, afirmou ao Presseportal, na quinta-feira (31), que cidadãos e empresas precisariam se preparar para reduzir drasticamente seu consumo de energia e disse que "todo e cada indivíduo" precisará fazer sua parte.
No mês passado, Lindner, ministro das Finanças, admitiu ao site Finanzmarktwelt que, se a Alemanha tivesse que pagar mais pela energia, "nós, como país, ficaríamos mais pobres em geral".