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Indústria norte-americana adverte: EUA não podem substituir carvão russo para a Europa

© Nicholas Kamm/AFPCaminhão despejando carvão (imagem ilustrativa).
Caminhão despejando carvão (imagem ilustrativa). - Sputnik Brasil, 1920, 06.04.2022
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A indústria de mineração de carvão dos EUA não conseguirá expandir a sua produção para substituir o carvão russo no mercado europeu, disse o maior exportador do país na terça-feira (5).
O comentário de um dos gigantes da indústria carvoeira dos EUA é uma resposta às propostas da Comissão Europeia de proibir as importações de carvão da Rússia.
A entidade europeia estuda como ampliar as sanções contra Moscou devido ao conflito na Ucrânia, apesar das consequências que algumas medidas podem ter sobre a cadeia de produção global.

"Não vejo capacidade para a indústria [dos EUA] expandir a sua produção. É como olhar para uma sobremesa que você simplesmente não consegue alcançar", disse Ernie Thrasher, CEO da Xcoal Energy & Resources, a maior exportadora dos EUA, à Bloomberg.

Os EUA estão entre os cinco maiores exportadores de carvão do mundo e vendem a maior parte de sua commodity para a Índia, Brasil e Coreia do Sul.
Como o carvão é um combustível fóssil sujo, "houve pouco investimento" na ampliação de sua produção nos últimos anos, explicou Thrasher.
De acordo com relatos da mídia norte-americana, potenciais compradores de alguns países da União Europeia (UE) já abordaram a Indonésia e a Austrália, os maiores exportadores de carvão térmico do mundo. Mas eles também têm capacidade limitada.
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As ações das mineradoras de carvão dos EUA subiram depois que a UE anunciou seu plano de sanções contra a Rússia na terça-feira (5). O bloco econômico quer se afastar dos suprimentos russos, que atendem a 70% da demanda europeia por carvão térmico.
Os preços do carvão nos EUA estão em alta, ultrapassando US$ 100 (R$ 470) a tonelada na semana passada — pela primeira vez desde 2008.
As diversas sanções anunciadas pelo Ocidente são uma resposta à operação militar especial russa na Ucrânia, anunciada pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, em 24 de fevereiro.
Entre os principais objetivos da operação estão a "desmilitarização e desnazificação" do território ucraniano, para proteger a população da região de Donbass e prevenir um ataque contra a Rússia a partir da Ucrânia.
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