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Inteligência americana revela uso de 'fake news' como arma para 'deter' Rússia

© AP Photo / Carolyn KasterAgência Central de Inteligência dos EUA (CIA na sigla em inglês)
Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA na sigla em inglês) - Sputnik Brasil, 1920, 07.04.2022
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Os relatórios para a imprensa tinham como intenção "deter" a Rússia, mesmo que a inteligência fosse inconsistente.
Responsáveis da inteligência dos EUA vazaram informações sobre o conflito na Ucrânia que não eram "sólidas como uma rocha", declarando que estão fazendo de tudo para vencer a "guerra de informações" contra o Kremlin, segundo a emissora NBC.
Segundo a emissora, os funcionários norte-americanos admitiram e se gabaram sobre a divulgação de desinformações.
Quando a mídia americana citou a "inteligência" dos EUA para alertar que a Rússia estava se preparando para usar armas químicas na Ucrânia, e quando o presidente Joe Biden repetiu estes alertas, eles estavam participando de uma campanha de desinformação, reportou a NBC.
A inteligência afirmou que a intenção era desencorajar a Rússia de usar estas armas, mesmo que eles próprios classificassem as informações usadas como de "baixa confiança".
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A NBC citou que os agentes envolvidos na divulgação de inteligência de "baixa confiança" descreveram a missão de desinformação como parte de uma investida para "minar a propaganda de Moscou e evitar que a Rússia definisse como o conflito é visto no mundo".
Alguns relatórios foram precisos. Por exemplo, a administração Biden insistiu por semanas que o presidente russo Vladimir Putin pretendia lançar um ataque na Ucrânia.
Outra desinformação envolvia um relato de que Putin estava "sendo enganado por seus conselheiros", bem como relatos de que o presidente russo havia pedido ajuda militar à China, informou a emissora americana.
Um responsável europeu, citado pela NBC, afirmou que o relato foi "um jogo público para evitar qualquer apoio militar da China".
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Estes relatórios citaram o Pentágono e o Departamento de Estado, bem como "fontes da inteligência" anônimas, sem fornecerem evidências para provar suas declarações.
Quando pressionado, o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, afirmou que aqueles que duvidassem das declarações "se consolassem com as informações russas".
"Não precisa ser uma inteligência sólida [...] É mais importante ficar à frente [dos russos], especialmente de Putin, antes deles fazerem algo", afirmou o funcionário.
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