Noruega envia à Ucrânia 100 mísseis antiaéreos originalmente programados para desmantelamento
© AP Photo / Gero BreloerMembros da tripulação do caça-minas norueguês Otra saúdam, após reunião do Comando Marítimo Aliado da OTAN, o vice-chefe do Estado-Maior para Operações, comodoro Arian Minderhoud, à direita, da Marinha Real da Holanda, antes de zarparem juntos em um comboio de cinco navios da Noruega, Bélgica, Países Baixos e Estônia de Kiel, Alemanha, 22 de abril de 2014
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Embora destinados a uma eliminação progressiva, os mísseis antiaéreos Mistral originalmente usados pela Marinha norueguesa foram descritos como uma "arma moderna e eficaz" pelo ministro da Defesa norueguês Bjorn Arild Gram.
A Ucrânia pode esperar um carregamento de 100 mísseis Mistral da Noruega, anunciou o ministro da Defesa norueguês, Bjorn Arild Gram.
Segundo ele, o envio dos mísseis é em caráter de ajuda à Ucrânia contra a operação especial militar russa para desmilitarizar e desnazificar o regime de Kiev, descrita pelo Ocidente como uma "invasão".
"O sistema de defesa antiaérea Mistral é uma arma eficaz que vem sendo usada pela Marinha e que será de grande benefício para a Ucrânia", disse.
A Noruega decidiu conceder à Ucrânia todo o seu arsenal de mísseis Mistral, que haviam sido direcionados para o desmantelamento. Portanto, de acordo com o Ministério da Defesa norueguês, livrar-se dos mísseis não vai ser uma perda difícil.
"O míssil já seria descartado pelos militares noruegueses de qualquer maneira, mas continua sendo uma arma moderna e eficaz. Outros países também doaram sistemas de armas semelhantes", assegurou o ministro da Defesa.
O ministério acrescentou que as armas já foram enviadas para fora da Noruega. Os mísseis Mistral são da fabricante de armas pan-europeia MBDA Missile Systems, com sede na França. Segundo a fabricante, os mísseis são projetados para atingir alvos de curto alcance e podem ser disparados de várias plataformas diferentes. O sistema pode seguir e acertar alvos a uma distância de até 80 quilômetros.
O capitão da Marinha norueguesa Tom Kismul os descreveu como um "sistema simples" que não requer nenhum radar. "A pessoa vê um alvo, mira nele, ativa o sistema e dispara", disse ele à emissora nacional NRK.
A Noruega já doou mísseis e outros equipamentos militares para a Ucrânia. Entre outras coisas, 4.000 mísseis antitanque do tipo M72 foram implantados, bem como vários tipos diferentes de equipamentos de proteção para os soldados ucranianos.
A Rússia lançou sua operação militar especial na Ucrânia em 24 de fevereiro após os pedidos de ajuda das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, que vinham relatando a intensificação dos bombardeios de Kiev nas semanas anteriores.