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Putin: operação especial em Donbass é para evitar conflito na Rússia no atual cenário internacional

© Sputnik / Aleksei DanichevVladimir Putin, presidente russo, discursa ao Conselho de Legisladores do país em São Petersburgo, Rússia, 27 de abril de 2022
Vladimir Putin, presidente russo, discursa ao Conselho de Legisladores do país em São Petersburgo, Rússia, 27 de abril de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 27.04.2022
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O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que a operação militar especial em Donbass é para evitar um grande conflito no território russo no atual cenário internacional.
Ninguém precisa de um país como a Rússia, ela representa uma ameaça ao Ocidente, mas eles mesmos são uma ameaça, ressaltou Putin em um discurso ao Conselho de Legisladores russo.
"A Rússia se lembra de como o Ocidente fomentou os terroristas no Cáucaso", lembrou Putin.
O presidente russo sublinhou que o Ocidente apoiou, no início dos anos 1990 e durante os anos 2000, terroristas e bandidos internacionais no norte do Cáucaso, através da especulação sobre os problemas da Rússia com o objetivo de dividir a Rússia.
"Eles não atingiram seu objetivo, mas não aceitaram o fato de que não o conseguiram. Eles não aceitaram o fato de que nós, apesar desta investida, conseguimos resistir na época. Por isso mais tarde eles também começaram os preparativos massivos para uma guerra econômica contra a Rússia. Passo a passo, usando todos os pretextos, às vezes simplesmente sem qualquer pretexto, eles introduziram mais e mais novas restrições sancionatórias", disse Vladimir Putin.
Contudo, o plano de afundar a economia russa foi por água abaixo, afirmou.
Putin lembrou que a Rússia bloqueou o ataque das sanções e que o sistema bancário resistiu aos golpes.
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"Nosso sistema bancário, moeda nacional, transporte, comércio, economia em geral, resistiram e não caíram", observou Putin.
A Rússia não pode permitir que sejam criados territórios antirrussos em torno do país, segundo o chefe do Executivo russo, apontando que quando a Ucrânia se tornou independente a Rússia partiu do princípio de que seria um país amigável.
"O povo da Ucrânia tem o destino de material de consumo. Penso que a compreensão disso está chegando a uma grande parte do povo da Ucrânia", ressaltou.
A reação russa ao projeto sem escrúpulos do Ocidente na Ucrânia foi realizada de maneira correta e oportuna, resumiu Putin, citando a vontade de Kiev de obter armas nucleares, a implementação de laboratórios biológicos ocidentais e a entrega constante de armamentos modernos ao país vizinho, e acrescentando que, se alguém quiser intervir na situação na Ucrânia e criar riscos de caráter estratégico, então serão atingidos de maneira fulminante.
Todas as decisões sobre ataques fulminantes em caso de ameaça estratégica à segurança da Rússia foram tomadas, destacou Putin, acrescentando que o país tem todos os instrumentos e decisões para implementar essa resposta.
"Os inimigos de nosso país aceleraram a criação de uma nova arma geopolítica. Bem, ela não é nova em sua essência, mas certamente lhe deram novas forças, um novo impulso. Fizeram uma aposta na russofobia e nos neonazistas. Ano após ano, eles descaradamente, sem rodeios, transformaram nosso país vizinho, a Ucrânia, em uma Antirrússia", declarou ele.
Para Vladimir Putin, a Rússia é considerada um perigo para o Ocidente só devido ao seu tamanho e autonomia.
"Embora isso não seja nada assim, eles próprios representam um perigo ao mundo inteiro. Nós nos lembramos dos planos bárbaros dos nazistas relativamente ao povo soviético, para o dominar, lembram-se, sim, aqueles que são capazes de trabalhar, forçá-los a trabalhar, sujeitando-os ao trabalho escravo, às condições de escravidão, e aqueles que não são necessários, [mandá-los] para além dos Urais, ao norte, para morrer", frisou o presidente da Rússia.
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