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Brasil deve dispensar contagem de votos pelas Forças Armadas nas eleições, sugere Human Rights Watch
Brasil deve dispensar contagem de votos pelas Forças Armadas nas eleições, sugere Human Rights Watch
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Em uma nota divulgada em três idiomas nesta sexta-feira (29), a organização não-governamental Human Rights Watch (HRW) recomendou que as Forças Armadas... 29.04.2022, Sputnik Brasil
2022-04-29T20:27-0300
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A recomendação vem após sucessivos questionamentos por parte do presidente Jair Bolsonaro (PL) que, na última quarta-feira (27), pôs em xeque a contagem do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Sem provas, ele alegou que havia uma sala secreta que, supostamente, decidiria o vencedor do pleito. Bolsonaro disse, ainda, que era o "chefe" das Forças Armadas.A ONG acrescentou que gerir um sistema eleitoral paralelo não é missão, nem competência das Forças Armadas. "Em uma democracia, o sistema eleitoral deve ser administrado e os votos devem ser contados por autoridades civis independentes, e não pelas Forças Armadas, que o próprio presidente Bolsonaro enfatizou estar sob seu comando", pontua o texto.Maria Laura Canineu, diretora brasileira da ONG que atua em diversos países, observou que Bolsonaro criou uma "campanha de desinformação imprudente e perigosa" contra as eleições e os métodos de apuração dos votos - mesmo com eles tendo sido submetidos a um teste acompanhado pelas próprias Forças Armadas, e que concluiu, em fevereiro deste ano, não ter encontrado qualquer tipo de irregularidade.
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Brasil deve dispensar contagem de votos pelas Forças Armadas nas eleições, sugere Human Rights Watch
20:27 29.04.2022 (atualizado: 10:06 03.05.2022) Em uma nota divulgada em três idiomas nesta sexta-feira (29), a organização não-governamental Human Rights Watch (HRW) recomendou que as Forças Armadas brasileiras não façam uma contagem paralela de votos das eleições presidenciais de 2022.
A
recomendação vem após
sucessivos questionamentos por parte do presidente Jair Bolsonaro (PL) que, na última quarta-feira (27),
pôs em xeque a contagem do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Sem provas, ele alegou que havia uma sala secreta que, supostamente, decidiria o vencedor do pleito. Bolsonaro disse, ainda, que era o "chefe" das Forças Armadas.
"O presidente Bolsonaro questionou o sistema de contagem de votos do Tribunal Superior Eleitoral sem fornecer nenhuma evidência de irregularidade e atacou o ex-presidente do tribunal, o ministro do Supremo Luís Roberto Barroso", diz o documento.
A ONG acrescentou que
gerir um sistema eleitoral paralelo não é missão, nem competência das Forças Armadas. "Em uma democracia, o sistema eleitoral deve ser administrado e os
votos devem ser contados por autoridades civis independentes, e não pelas Forças Armadas, que o próprio presidente Bolsonaro enfatizou estar sob seu comando", pontua o texto.
Maria Laura Canineu, diretora brasileira da ONG que atua em diversos países, observou que Bolsonaro criou uma
"campanha de desinformação imprudente e perigosa" contra as eleições e os métodos de apuração dos votos - mesmo com eles tendo sido submetidos a um
teste acompanhado pelas próprias Forças Armadas, e que concluiu, em fevereiro deste ano, não ter encontrado qualquer tipo de irregularidade.
"O presidente Bolsonaro continua com sua campanha de desinformação imprudente e perigosa contra o sistema eleitoral brasileiro, repetindo alegações infundadas de fraude eleitoral e atacando autoridades eleitorais e judiciais independentes. Ao lançar dúvidas infundadas sobre o sistema eleitoral e propor um sistema alternativo de contagem sob seu controle, o presidente Bolsonaro parece estar preparando as bases para contestar a vontade da população caso não seja reeleito ou até mesmo tentar cancelar a votação. A comunidade internacional deve enviar uma forte mensagem ao presidente Bolsonaro de que qualquer tentativa de subverter o sistema democrático e o Estado de Direito é inaceitável", declarou Canineu.