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Em meio à crise na Ucrânia, Taiwan revela por que sancionou Rússia junto com países ocidentais
Em meio à crise na Ucrânia, Taiwan revela por que sancionou Rússia junto com países ocidentais
Sputnik Brasil
O ministro das Relações Exteriores da ilha quer que o Ocidente puna Pequim caso seu território seja atacado, revelando nova crise fomentada pelos EUA, de... 08.05.2022, Sputnik Brasil
2022-05-08T11:56-0300
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O ministro das Relações Exteriores de Taiwan, Joseph Wu, espera que o mundo imponha sanções a Pequim, se ela atacar Taipé, semelhantes às enfrentadas por Moscou por sua operação militar especial na Ucrânia. A China afirmou que não seria intimidada por conversas sobre sanções e isolamento, alertando contra a utilização de tal estratégia sobre a crise na Ucrânia nas questões relacionadas à região da Ásia-Pacífico.Na sexta-feira (6), o Ministério das Relações Exteriores de Taiwan, que já havia se juntado aos países ocidentais nas sanções à Rússia, anunciou medidas restritivas contra Belarus. Falando a repórteres no dia seguinte, Wu admitiu que quase não há laços comerciais entre Taiwan e esses países, então a medida é puramente simbólica.As declarações do ministro taiwanês ocorreram um dia depois de Pequim alertar os EUA e seus parceiros de que não seria intimidada por ameaças.O vice-ministro das Relações Exteriores da China, Le Yucheng, incluiu uma "palavra de cautela" para Taiwan em seu discurso no fórum Buscando a Paz e Promovendo o Desenvolvimento, dizendo que "a reunificação é o caminho certo a se seguir, e procurar apoio estrangeiro para buscar a independência não vai levar a lugar algum"."Com relação a toda a conversa sobre sanções e isolamento da China, posso dizer com certeza que a China não vai ser intimidada", disse Yucheng.O ministro também alertou o Ocidente contra a tentativa de aplicar a mesma lógica usada na crise da Ucrânia na Ásia-Pacífico, pois tais tentativas, em sua opinião, estão "fadadas ao fracasso".Respondendo às críticas a Pequim por não se juntar aos EUA e outros países ocidentais na condenação e sanção da Rússia, o ministro chinês disse que seu país "segue uma política externa independente de paz e determina sua posição com base nos méritos da questão". Enquanto isso, o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, alertou, na última quinta-feira (5), que um conflito armado no estilo ucraniano pode eclodir no leste da Ásia. Taiwan é governada por sua própria administração desde que a guerra civil terminou na China continental, em 1949. Pequim afirma ser a favor de uma reunificação pacífica, mas prometeu retaliar caso Taipé se declare formalmente independente e tem alertado Washington contra armar a ilha, pois considera tal interferência como uma violação do princípio de Uma Só China e intromissão em seus assuntos domésticos.
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Em meio à crise na Ucrânia, Taiwan revela por que sancionou Rússia junto com países ocidentais
11:56 08.05.2022 (atualizado: 11:57 08.05.2022) O ministro das Relações Exteriores da ilha quer que o Ocidente puna Pequim caso seu território seja atacado, revelando nova crise fomentada pelos EUA, de acordo com ministro chinês.
O ministro das Relações Exteriores de Taiwan, Joseph Wu, espera que o
mundo imponha sanções a Pequim, se ela atacar Taipé, semelhantes às
enfrentadas por Moscou por sua operação militar especial na Ucrânia. A China afirmou que não seria intimidada por conversas sobre sanções e isolamento, alertando contra a utilização de tal
estratégia sobre a crise na Ucrânia nas questões relacionadas à região da Ásia-Pacífico.
Na sexta-feira (6), o Ministério das Relações Exteriores de Taiwan, que já havia se juntado aos países ocidentais nas sanções à Rússia, anunciou medidas restritivas contra Belarus. Falando a repórteres no dia seguinte, Wu admitiu que quase não há laços comerciais entre Taiwan e esses países, então a medida é puramente simbólica.
"Se formos ameaçados ou invadidos por forças da China no futuro, também esperamos que a comunidade internacional entenda Taiwan, apoie Taiwan e sancione esse tipo de comportamento agressivo. Portanto, Taiwan está com a comunidade internacional e toma essas ações", explicou o ministro.
As declarações do ministro taiwanês ocorreram um dia depois de Pequim alertar os EUA e seus parceiros de que não seria intimidada por ameaças.
O vice-ministro das Relações Exteriores da China, Le Yucheng, incluiu uma "palavra de cautela" para Taiwan em seu discurso no fórum Buscando a Paz e Promovendo o Desenvolvimento, dizendo que "a reunificação é o caminho certo a se seguir, e procurar apoio estrangeiro para buscar a independência não vai levar a lugar algum".
"Com relação a toda a conversa sobre
sanções e isolamento da China, posso dizer com certeza que a China
não vai ser intimidada", disse Yucheng.
O ministro também alertou o Ocidente contra a tentativa de aplicar a mesma lógica usada na crise da Ucrânia na Ásia-Pacífico, pois tais tentativas, em sua opinião, estão "fadadas ao fracasso".
"Por algum tempo já, os EUA têm continuado flexionando seus músculos na porta da China, criando grupos exclusivos contra a China e inflamando a questão de Taiwan para testar a linha vermelha da China. Se esta não é uma versão Ásia-Pacífico da expansão da OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte] para o leste, então o que é? Tal estratégia, se não for controlada, traria consequências horríveis e levaria a Ásia-Pacífico à beira de um abismo", disse ele.
Respondendo às críticas a Pequim por
não se juntar aos EUA e outros países ocidentais na condenação e sanção da Rússia, o ministro chinês disse que seu país "
segue uma política externa independente de paz e determina sua posição com base nos méritos da questão".
Enquanto isso, o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, alertou, na última quinta-feira (5), que um conflito armado no estilo ucraniano pode eclodir no leste da Ásia.
Taiwan é governada por sua própria administração desde que a guerra civil terminou na China continental, em 1949. Pequim afirma ser a favor de uma reunificação pacífica, mas prometeu retaliar caso Taipé se declare formalmente independente e tem
alertado Washington contra armar a ilha, pois considera tal interferência como
uma violação do princípio de Uma Só China e intromissão em seus assuntos domésticos.