Sanções ocidentais barram 'quase todo' o volume de exportação de Belarus para EUA e UE, diz premiê
22:23 15.05.2022 (atualizado: 23:07 15.05.2022)
© Sputnik / Vitaly AnkovO presidente belarusso, Aleksandr Lukashenko, gesticula durante evento em Vladivostok, na Rússia, 13 de abril de 2022
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Neste domingo (15), o primeiro-ministro de Belarus, Roman Golovchenko, afirmou que as sanções impostas por países ocidentais contra Minsk bloquearam até US$ 18 bilhões (cerca de R$ 91 bilhões) das exportações do país para os Estados Unidos e a União Europeia (UE).
A declaração do mandatário ocorreu durante entrevista à Al Arabiya, exibida pela emissora Belarus 1, neste domingo (15).
"Quase todas as exportações de Belarus para a União Europeia [UE] e os Estados Unidos foram bloqueadas pelas sanções ocidentais que, falando relativamente, acumulam entre US$ 16 bilhões [cerca de R$ 81 bilhões] e US$ 18 bilhões [cerca de R$ 91 bilhões] por ano", disse o premiê belarusso.
Golovchenko salientou que o governo de Belarus está procurando formas de redirecionar suas exportações.
"Obviamente, nós não podemos perder esse volume de exportações, temos que redirecionar isso para outros mercados, incluindo a Ásia, a África e o Oriente Médio", afirmou. O premiê acrescentou que Minsk considera que as sanções ocidentais são "um instrumento de agressão híbrida e não um instrumento de pressão".
© Sputnik / Yevgeny BiatovPresidente russo, Vladimir Putin, durante visita ao cosmódromo Vostochny com seu homólogo belarusso, Aleksandr Lukashenko, região russa de Amur, 12 de abril de 2022
Presidente russo, Vladimir Putin, durante visita ao cosmódromo Vostochny com seu homólogo belarusso, Aleksandr Lukashenko, região russa de Amur, 12 de abril de 2022
© Sputnik / Yevgeny Biatov
As relações entre Belarus e o Ocidente começaram a se deteriorar após a eleição presidencial belarussa de 2020, que provocou protestos de massa no país reprimidos pelas forças de segurança locais.
À época, países ocidentais puniram membros da ex-república soviética com sanções sob acusações de abusos de direitos humanos e violação das eleições que deram um novo mandato ao presidente belarusso, Aleksandr Lukashenko.
Recentemente, o país europeu enfrentou uma nova onda de sanções ao expressar apoio direto à operação militar especial da Rússia na Ucrânia, deflagrada em fevereiro deste ano.