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Bolsonaro conta com 'espiões' dentro da Petrobras para pressionar troca de diretores, diz mídia
Bolsonaro conta com 'espiões' dentro da Petrobras para pressionar troca de diretores, diz mídia
Sputnik Brasil
Ex-militares indicados para postos-chave na estatal ajudam o presidente a ficar "por dentro" do que se passa na empresa e exercem pressão para troca de altos... 17.05.2022, Sputnik Brasil
2022-05-17T11:08-0300
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Com o valor elevado dos combustíveis e todas as consequências econômicas advindas do aumento, a Petrobras tem estado na mira da gestão Bolsonaro, o qual promoveu trocas de chefia e constantemente declara que interferirá nas políticas da estatal.Porém, o governo conta com uma outra estratégia para "entrar" na empresa, conforme mencionado pelo presidente, Jair Bolsonaro (PL), ontem (16).De acordo com o blog de Malu Gaspar em O Globo, Bolsonaro conta com uma "equipe de espiões" dentro da petrolífera para fazer pressão em três diretores que o mandatário deseja substituir. Esses "parceiros" são ex-militares que o presidente colocou em postos-chave na companhia, afirma o jornal.Segundo a mídia, os assessores da presidência da Petrobras Carlos Victor Nagem e o Angelo Denicoli, além do gerente-executivo de segurança, Ricardo da Silva Marques, são chamados na empresa de "dedos-duros de Bolsonaro".Neste momento, conforme relatos de quatro executivos e ex-executivos da petrolífera que conversaram com a jornalista nos últimos dias, quem mais trabalha pela troca de diretores de relações institucionais e de tecnologia são Nagem e Denicoli.Se depender da vontade do chefe do Executivo, as duas diretorias devem sofrer mudanças, no embalo das substituições que o mandatário quer fazer na área financeira e na própria presidência da estatal, que hoje tem José Mauro Coelho como chefe. Para isso, Bolsonaro tem o suporte de seus informantes, os quais recebem salários de cerca de R$ 55 mil mensais, segundo o jornal.Na Petrobras, os diretores são indicados pelo presidente, mas precisam ser ratificados pelo conselho. O mandato é de dois anos, com possibilidade de ter até três reconduções. Portanto, para conseguir demitir todos esses diretores, Bolsonaro precisa da concordância do presidente da companhia, ou então demiti-lo.Para isso, ele já trocou o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, por Aldolfo Sachsida, e pretende também substituir o diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Rodrigo Araújo.De acordo com a mídia, a lei diz que os preços praticados pela Petrobras têm que ser competitivos em relação ao resto do mercado. O estatuto da empresa, por sua vez, estabelece que, se o governo decidir usar o preço dos combustíveis para "fazer política social" – ou seja, subsidiar a gasolina –, terá que reembolsar a companhia.
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petrobras, jair bolsonaro, preços de combustíveis, economia, ministério de minas e energia, espiões, informação, política brasileira
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Bolsonaro conta com 'espiões' dentro da Petrobras para pressionar troca de diretores, diz mídia
11:08 17.05.2022 (atualizado: 11:13 17.05.2022) Ex-militares indicados para postos-chave na estatal ajudam o presidente a ficar "por dentro" do que se passa na empresa e exercem pressão para troca de altos funcionários seguindo as intensões do governo.
Com o valor elevado dos combustíveis e todas as consequências econômicas advindas do aumento, a
Petrobras tem estado na mira da gestão Bolsonaro, o qual promoveu
trocas de chefia e constantemente declara que interferirá nas políticas da estatal.
Porém, o governo conta com uma outra estratégia para "entrar" na empresa,
conforme mencionado pelo presidente, Jair Bolsonaro (PL), ontem (16).
De
acordo com o blog de Malu Gaspar em O Globo, Bolsonaro conta com uma "
equipe de espiões" dentro da petrolífera para fazer pressão
em três diretores que o mandatário deseja substituir. Esses "parceiros" são ex-militares que o presidente colocou em postos-chave na companhia, afirma o jornal.
Segundo a mídia, os assessores da presidência da Petrobras Carlos Victor Nagem e o Angelo Denicoli, além do gerente-executivo de segurança, Ricardo da Silva Marques, são chamados na empresa de "dedos-duros de Bolsonaro".
Neste momento, conforme relatos de quatro executivos e ex-executivos da petrolífera que conversaram com a jornalista nos últimos dias, quem mais trabalha pela troca de diretores de relações institucionais e de tecnologia são Nagem e Denicoli.
Se
depender da vontade do chefe do Executivo, as duas diretorias devem sofrer mudanças, no embalo das substituições que o mandatário quer fazer
na área financeira e na própria presidência da estatal, que hoje tem
José Mauro Coelho como chefe. Para isso, Bolsonaro
tem o suporte de seus informantes, os quais recebem salários de cerca de
R$ 55 mil mensais, segundo o jornal.
Na Petrobras, os diretores são indicados pelo presidente, mas precisam ser ratificados pelo conselho. O mandato é de dois anos, com possibilidade de ter até três reconduções. Portanto, para conseguir demitir todos esses diretores, Bolsonaro precisa da concordância do presidente da companhia, ou então demiti-lo.
Para isso, ele já trocou o ministro de Minas e Energia,
Bento Albuquerque, por
Aldolfo Sachsida, e
pretende também substituir o diretor Financeiro e de Relações com Investidores,
Rodrigo Araújo.
De acordo com a mídia, a lei diz que
os preços praticados pela Petrobras têm que ser competitivos em relação ao resto do mercado. O estatuto da empresa, por sua vez, estabelece que, se o governo decidir usar o preço dos combustíveis para
"fazer política social" – ou seja, subsidiar a gasolina –,
terá que reembolsar a companhia.