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UE promete fortalecer seu papel na segurança da Ásia-Pacífico ante pacto China-Ilhas Salomão

© AP Photo / Mark SchiefelbeinChanceler das Ilhas Salomão, Jeremiah Manele, durante cerimônia do estabelecimento das relações diplomáticas entre Honiara e Pequim, 21 de setembro de 2019
Chanceler das Ilhas Salomão, Jeremiah Manele, durante cerimônia do estabelecimento das relações diplomáticas entre Honiara e Pequim, 21 de setembro de 2019 - Sputnik Brasil, 1920, 18.05.2022
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A União Europeia prometeu fortalecer seu papel na segurança da Ásia-Pacífico em meio a crescentes preocupações expressas pelos parceiros ocidentais em relação à maior presença da China na região, relatou The Guardian nesta quarta-feira (18).
Gabriele Visentin, o enviado especial da União Europeia ao Indo-Pacífico, disse que Ilhas Salomão "nos enviaram um sinal alto e claro" por terem fechado o acordo de cooperação de segurança com Pequim, que foi ratificado no mês passado. Ele sugeriu que esse sinal era a necessidade de fazer mais na região.
Os EUA e a Austrália, dois grandes parceiros da UE, têm avisado de que a potencial base militar chinesa prevista pelo pacto China-Ilhas Salomão seria "a linha vermelha" para ambos os países, e isso teria consequências.
O diplomata europeu, porém, rejeitou condenar abertamente o acordo até o ver. Visentin também defendeu o direito das Ilhas Salomão para tomar "decisões soberanas".
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Ele sublinhou que "a UE e outros têm que fazer mais" na região da Ásia-Pacífico, acrescentando que a União Europeia vai "cooperar sempre que for possível", mas também "defender seus interesses" quando necessário.

"Não é dirigido contra um ou outro país – é uma forma de aumentar nossa capacidade e nossa credibilidade em termos de defesa de nossos interesses", afirmou.

Visentin especificou ainda que um plano de segurança "mais intenso" com países da região da Ásia-Pacífico não implicaria o estabelecimento de bases militares ou implementação de tropas na região.
Ele sublinhou que a UE procuraria realizar treinos militares, exercícios em terra e no mar e reforçar a inteligência. Além disso, apoiou a ideia de mais navios da UE atravessarem a região, aparentemente semelhante às controversas operações de liberdade de navegação frequentemente empreendido pelas forças dos EUA.
Caracterizando a relação complexa de Bruxelas com a China, seu maior parceiro comercial, o diplomata europeu revelou que ele vê Pequim como "um parceiro, um concorrente e um rival".
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Enquanto Visentin descartou a possibilidade de uma guerra iminente entre a China e os aliados ou parceiros ocidentais na Ásia-Pacífico, ele argumentou, no entanto, que a UE está preocupada que a "ordem multilateral baseada em regras não seja plenamente respeitada".

Mais envolvimento no Pacífico seria 'desafio' para UE

Sujiro Seam, o embaixador da UE no Pacífico e nas Ilhas Salomão, apoiou as observações de Visentin sobre a necessidade de um "plano de segurança mais intensivo" na região no contexto do pacto Pequim-Honiara, porém, ele apontou que o envolvimento da União Europeia em questões relacionadas com a defesa no Pacífico era "muito limitado".

"É um desafio para o futuro, e este acordo de segurança entre a China e Ilhas Salomão deve ser considerado no desenvolvimento da ação da União Europeia sobre segurança e defesa na região", observou Seam.

"Tradicionalmente no Pacífico a União Europeia tem sido um parceiro de desenvolvimento. O principal desafio é mostrar que podemos ser outra coisa, um parceiro estratégico em segurança e defesa", acrescentou.
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