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Crise de abastecimento: após declaração de Putin, preços dos grãos caem para patamar de abril

© Foto / 1195798Grãos de trigo (imagem ilustrativa)
Grãos de trigo (imagem ilustrativa) - Sputnik Brasil, 1920, 04.06.2022
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A queda para mínimos de dois meses ocorre após a declaração do presidente russo sobre as exportações ucranianas.
Os preços globais dos grãos caíram para os níveis de abril após a promessa do presidente russo, Vladimir Putin, de garantir a exportação segura de grãos ucranianos através dos portos do mar Negro controlados pela Rússia.
Na sexta-feira (3), o trigo estava sendo negociado a US$ 10,4 por alqueire (cerca de R$ 49,66) de acordo com dados da Junta Comercial de Chicago. Esse foi o preço mais baixo desde 7 de abril, quando foi cotado a US$ 10,2 por alqueire (aproximadamente R$ 48,70), e uma queda de 10% em relação ao preço máximo em meados de maio.
Os preços do milho para ração animal também caíram nesta semana chegando a US$ 7,27 por alqueire (cerca de R$ 34,71).
Os preços dos grãos subiram no mês passado por medo de que a operação militar especial em andamento da Rússia impedisse que as exportações de grãos da Ucrânia chegassem aos compradores. Os países ocidentais acusaram a Rússia de impedir as exportações, mas Moscou afirmou repetidamente que não tem culpa e que os navios que transportam grãos ucranianos não podem deixar os portos devido às minas colocadas na área pelas forças de Kiev. Na sexta-feira (3), Putin disse mais uma vez que a Rússia não é responsável por reter os embarques e prometeu ajudar na passagem dos navios.
O presidente russo, Vladimir Putin, participa de uma reunião do Conselho Econômico Supremo da Eurásia, que ocorre no Quirguistão, por meio de um link de vídeo no Kremlin, em Moscou, na Rússia, 27 de maio de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 03.06.2022
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"Quanto à exportação de grãos ucranianos, não interferimos nisso [...] não fomos nós que minamos as passagens para os portos. A Ucrânia os minou. Eu já disse a todos os nossos colegas muitas vezes: [A Ucrânia] deve limpar as minas e permitir que os navios com grãos deixem os portos. Garantimos uma passagem pacífica sem problemas", disse Putin durante entrevista ao canal de TV Rossiya 24.
O presidente também observou que existem várias outras maneiras de exportar grãos, inclusive pelos portos de Berdyansk e Mariupol, que estão sob controle da Rússia, ou pelo rio Danúbio, pela Hungria, Polônia ou Belarus.
Os temores sobre o destino dos grãos ucranianos levaram a alertas de insegurança alimentar e fome nas últimas semanas, especialmente em países mais pobres. De acordo com a associação italiana Coldiretti, que representa os produtores agrícolas, os navios ucranianos devem ser autorizados a sair dos portos o mais rápido possível, especialmente porque os armazéns do país vão precisar acomodar a nova colheita em breve.
"A saída de navios dos portos do mar Negro significa o esvaziamento dos armazéns ucranianos onde são armazenados mais de 20 milhões de toneladas de grãos, incluindo trigo, cevada e milho destinados à exportação[...] o bloqueio [de navios] aumenta o risco de tumultos e fome" afirmou a associação em um comunicado publicado em seu site, na sexta-feira.
A Ucrânia ocupa o sexto lugar entre os exportadores de trigo do mundo. Juntos, Rússia e Ucrânia fornecem quase 30% do trigo exportado globalmente. Segundo Coldiretti, países como Egito, Turquia, Bangladesh e Irã compram mais de 60% de seu trigo da Rússia e da Ucrânia, enquanto Líbano, Tunísia, Iêmen, Líbia e Paquistão também são fortemente dependentes dos suprimentos dos dois países.
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