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Mídia: Erdogan quer que ministro da Defesa sueco seja afastado do cargo por ligações com os curdos
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O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, quer que a premiê sueca Magdalena Andersson demita o ministro da Defesa do país, Peter Hultqvist, por suas alegadas... 07.06.2022, Sputnik Brasil
2022-06-07T08:34-0300
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De acordo com o jornal sueco, a demanda turca é baseada no discurso que Hultqvist fez em uma festa em 2011, na cidade de Borlange, organizada pelo Partido dos Trabalhadores do Curdistão, para assinalar seu 33º aniversário.O ministro sueco ressaltou que, embora ele não apoie ou tolere a violência ou o terror, não viu "nenhum problema" em ir à reunião e dizer o que disse. Além disso, segundo ele, a resolução pacífica da questão curda é "a coisa mais importante".Mesmo assim, a revelação do comparecimento de Hultqvist causou grande irritação em Ancara, que o quer removido. De acordo com o Expressen, Hultqvist foi referido em um relatório intitulado "Reforço do PKK na Europa" elaborado pelo maior think tank turco, o SETA, que está perto do partido AKP de Recep Tayyip Erdogan.A questão curda parece ter se tornado uma moeda de troca nas negociações sobre a adesão da Suécia e Finlândia à Aliança Atlântica.A candidatura dos dois países deve ser aprovada por praticamente todos os integrantes da OTAN, mas a Turquia, membro do bloco desde 1952 e país com o maior exército da aliança tirando os EUA, expressou oposição. Ancara se recusou a aceitar os dois países nórdicos, referindo o apoio que eles estariam prestando ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão e à milícia curda (YPG), ambos listados como organizações terroristas pela Turquia.Ancara apresentou exigências específicas a Estocolmo e Helsinque para que a Turquia recue, que incluem a suspensão de todo o apoio ao PKK e a outros grupos com ideias semelhantes, a proibição de qualquer dos seus eventos, a extradição dos procurados pela Turquia por acusações de terrorismo e o cancelamento de todas as restrições à exportação turca de armas.
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Mídia: Erdogan quer que ministro da Defesa sueco seja afastado do cargo por ligações com os curdos
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, quer que a premiê sueca Magdalena Andersson demita o ministro da Defesa do país, Peter Hultqvist, por suas alegadas conexões com os curdos, segundo o jornal Expressen.
"A Turquia quer que Hultqvist seja afastado do cargo de ministro da Defesa", disse a fonte do jornal, ressaltando que o assunto foi levantado nos contatos entre os governos de ambos os países quando discutiram o pedido de ingresso da Suécia na OTAN.
De acordo com o jornal sueco, a demanda turca é baseada no discurso que Hultqvist fez em uma festa em 2011, na cidade de Borlange, organizada pelo Partido dos Trabalhadores do Curdistão, para assinalar seu 33º aniversário.
Quando confrontado com a celebração controversa, Hultqvist respondeu o seguinte: "Eu disse que se deve respeitar os curdos como povo, que é errado perseguir aqueles que são membros do Partido Curdo da Paz e da Democracia e que é errado prender as pessoas e negar aos curdos o uso de sua língua em contextos oficiais".
O ministro sueco ressaltou que, embora ele não apoie ou tolere a violência ou o terror, não viu "nenhum problema" em ir à reunião e dizer o que disse. Além disso, segundo ele, a resolução pacífica da questão curda é "a coisa mais importante".
Mesmo assim, a revelação do comparecimento de Hultqvist causou grande irritação em Ancara, que o quer removido. De acordo com o Expressen, Hultqvist foi referido em um relatório intitulado "Reforço do PKK na Europa" elaborado pelo maior think tank turco, o SETA, que está perto do partido AKP de Recep Tayyip Erdogan.
A questão curda parece ter se tornado uma moeda de troca nas negociações sobre
a adesão da Suécia e Finlândia à Aliança Atlântica.
A candidatura dos dois países deve ser aprovada por praticamente todos os integrantes da OTAN, mas a Turquia, membro do bloco desde 1952 e país com o maior exército da aliança tirando os EUA, expressou oposição. Ancara se recusou a aceitar os dois países nórdicos, referindo o apoio que eles estariam prestando ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão e à milícia curda (YPG), ambos listados como organizações terroristas pela Turquia.
Ancara apresentou exigências específicas a Estocolmo e Helsinque para que a Turquia recue, que incluem a suspensão de todo o apoio ao PKK e a outros grupos com ideias semelhantes, a proibição de qualquer dos seus eventos, a extradição dos procurados pela Turquia
por acusações de terrorismo e o cancelamento de todas as restrições à exportação turca de armas.