https://noticiabrasil.net.br/20220622/biden-comenta-crise-na-ucrania-e-antecipa-jogo-de-espera-entre-europa-e-russia-23228223.html
Biden comenta crise na Ucrânia e antecipa 'jogo de espera' entre Europa e Rússia
Biden comenta crise na Ucrânia e antecipa 'jogo de espera' entre Europa e Rússia
Sputnik Brasil
O presidente dos EUA disse que o resultado vai ser decidido por quanto dano cada lado está preparado para sofrer no conflito na Ucrânia. 22.06.2022, Sputnik Brasil
2022-06-22T09:13-0300
2022-06-22T09:13-0300
2022-06-22T09:37-0300
panorama internacional
europa
crise
rússia
operação militar especial
ucrânia
moscou
kiev
união europeia
eua
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e6/06/16/23227568_0:161:3071:1888_1920x0_80_0_0_4118b467e8f12d502e149518b3c89da6.jpg
O confronto entre a Europa e a Rússia sobre a Ucrânia provavelmente vai se transformar em um "jogo de espera", disse o presidente dos EUA, Joe Biden. Depois de fazer seu discurso sobre vacinas contra a COVID-19 para crianças menores de cinco anos, na Casa Branca na terça-feira (21), Biden foi questionado por um jornalista se ele estava "com medo" de que houvesse uma fratura surgindo entre os aliados ocidentais da Ucrânia. O repórter citou o primeiro-ministro britânico Boris Johnson, que recentemente falou da "fadiga da Ucrânia" e afirmou que alguns líderes "estão pedindo negociações com Putin". Ele também disse que essa era uma das coisas sobre as quais os líderes ocidentais "iriam falar [...] na Espanha" – uma aparente referência à cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), que começa na próxima terça-feira (28) em Madri.Falando a jornalistas após seu retorno de uma visita surpresa a Kiev na sexta-feira passada (17), Boris Johnson alertou que "a fadiga da Ucrânia está se instalando". O primeiro-ministro sublinhou a importância de mostrar "que estamos com eles a longo prazo e estamos a dar-lhes a resiliência estratégica de que precisam". Desde o início da operação militar especial da Rússia na Ucrânia, no final de fevereiro, EUA, Canadá, Reino Unido, União Europeia (UE), Japão, Austrália e outras nações aliadas impuseram várias rodadas de sanções econômicas abrangentes contra Moscou. Entre as medidas punitivas decretadas pelos EUA, Reino Unido e UE estão os embargos ou grandes restrições às exportações russas de carvão, petróleo e gás. No entanto, isso, juntamente com os preços crescentes no mercado, levou a um aumento dramático nos preços da energia para os consumidores finais, tanto na Europa quanto nos Estados Unidos. Além disso, como a Ucrânia e a Rússia são dois dos principais produtores de trigo e cevada, os preços dos alimentos também dispararam. As exportações de metais e matérias-primas dos dois países também foram severamente afetadas, devido a sanções e interrupções na cadeia de suprimentos.Todos esses fatores combinados estimularam a inflação, que atingiu níveis recordes em vários países ocidentais. Neste contexto, o centro de estudos Conselho Europeu de Relações Exteriores (ECFR, na sigla em inglês) alertou, na semana passada, que um número crescente de europeus pode agora ser a favor de que a Ucrânia faça um acordo de paz com a Rússia, mesmo que isso signifique que Kiev terá de fazer concessões territoriais. Depois de analisar os resultados de uma pesquisa de opinião realizada em meados de maio em dez países europeus, o ECFR concluiu que os cidadãos da maioria desses países estavam ficando mais preocupados com o custo de vida cada vez maior. A pesquisa indicou que 35% dos entrevistados do "campo da paz" queriam que o conflito armado terminasse o mais rápido possível, enquanto 22% do "campo da justiça" priorizavam a derrota da Rússia sobre todas as outras considerações. Outros 20% disseram que, embora quisessem punir Moscou por suas ações, também estavam preocupados com os riscos e custos envolvidos. Os 23% restantes aparentemente não se encaixavam em nenhum dos três campos e foram classificados como "o restante". Em seu relatório, o ECFR previu que o número de pessoas no campo da paz provavelmente aumentaria com o tempo, aumentando as divisões nos países europeus. O think tank instou os governos a se concentrarem nos "eleitores indecisos" com narrativas que abordassem suas preocupações para mitigar essa tendência.
https://noticiabrasil.net.br/20220618/boris-johnson-diz-que-reino-unido-deve-manter-apoio-a-kiev-em-meio-a-risco-de-fadiga-da-ucrania-23155516.html
https://noticiabrasil.net.br/20220505/conselho-europeu-sugere-que-ativos-congelados-da-russia-sejam-confiscados-para-reconstruir-a-22535052.html
ucrânia
moscou
reino unido
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
2022
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
notícias
br_BR
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e6/06/16/23227568_170:0:2901:2048_1920x0_80_0_0_e79fb86b2b5c3d2369aae2bd4e557743.jpgSputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
europa, crise, rússia, operação militar especial, ucrânia, moscou, kiev, união europeia, eua, otan, joe biden, conselho europeu de relações exteriores (ecfr), reino unido, boris johnson, sanções, inflação, petróleo e gás
europa, crise, rússia, operação militar especial, ucrânia, moscou, kiev, união europeia, eua, otan, joe biden, conselho europeu de relações exteriores (ecfr), reino unido, boris johnson, sanções, inflação, petróleo e gás
Biden comenta crise na Ucrânia e antecipa 'jogo de espera' entre Europa e Rússia
09:13 22.06.2022 (atualizado: 09:37 22.06.2022) O presidente dos EUA disse que o resultado vai ser decidido por quanto dano cada lado está preparado para sofrer no conflito na Ucrânia.
O confronto entre a Europa e a Rússia sobre a Ucrânia provavelmente vai se transformar em um "jogo de espera", disse o presidente dos EUA, Joe Biden.
Depois de fazer seu discurso sobre vacinas contra a COVID-19 para crianças menores de cinco anos, na Casa Branca na terça-feira (21),
Biden foi questionado por um jornalista se ele estava "com medo" de que
houvesse uma fratura surgindo entre os aliados ocidentais da Ucrânia. O repórter citou o primeiro-ministro britânico Boris Johnson, que recentemente falou da "fadiga da Ucrânia" e afirmou que alguns líderes "estão pedindo negociações com Putin".
O presidente dos EUA respondeu negativamente, acrescentando, no entanto, que "em algum momento, isso vai ser um jogo de espera: o que os russos podem sustentar e o que a Europa vai estar preparada para sustentar".
Ele também disse que essa era uma das coisas sobre as quais os
líderes ocidentais "iriam falar [...] na Espanha" – uma
aparente referência à cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), que começa na próxima terça-feira (28) em Madri.
Falando a jornalistas após seu retorno de uma visita surpresa a Kiev na sexta-feira passada (17), Boris Johnson alertou que "a
fadiga da Ucrânia está se instalando". O primeiro-ministro sublinhou a importância de mostrar "que estamos com eles a longo prazo e estamos a dar-lhes a
resiliência estratégica de que precisam".
Johnson reconheceu que as forças russas estavam "avançando centímetro por centímetro", acrescentando que era ainda mais vital para o Ocidente "mostrar o que sabemos ser verdade, que é que a Ucrânia pode vencer e vencerá".
Desde o início da
operação militar especial da Rússia na Ucrânia, no final de fevereiro, EUA, Canadá, Reino Unido, União Europeia (UE), Japão, Austrália e outras nações aliadas
impuseram várias rodadas de sanções econômicas abrangentes contra Moscou. Entre as medidas punitivas decretadas pelos EUA, Reino Unido e UE estão os embargos ou grandes restrições às exportações russas de carvão,
petróleo e gás. No entanto, isso, juntamente com os preços crescentes no mercado, levou a um aumento dramático nos preços da energia para os consumidores finais, tanto na Europa quanto nos Estados Unidos.
Além disso, como a Ucrânia e a Rússia são dois dos
principais produtores de trigo e cevada, os
preços dos alimentos também dispararam. As exportações de metais e matérias-primas dos dois países também foram severamente afetadas, devido a sanções e interrupções na cadeia de suprimentos.
Todos esses
fatores combinados estimularam a inflação, que atingiu
níveis recordes em vários países ocidentais.
Neste contexto, o centro de estudos Conselho Europeu de Relações Exteriores (ECFR, na sigla em inglês) alertou, na semana passada, que um número crescente de europeus pode agora
ser a favor de que a Ucrânia faça um acordo de paz com a Rússia, mesmo que isso signifique que Kiev terá de fazer
concessões territoriais. Depois de analisar os resultados de uma pesquisa de opinião realizada em meados de maio em dez países europeus, o ECFR concluiu que os cidadãos da maioria desses países estavam ficando mais preocupados com o custo de vida cada vez maior.
A pesquisa indicou que 35% dos entrevistados do "campo da paz" queriam que o conflito armado terminasse o mais rápido possível, enquanto 22% do "campo da justiça" priorizavam a derrota da Rússia sobre todas as outras considerações. Outros 20% disseram que, embora quisessem punir Moscou por suas ações, também estavam preocupados com os riscos e custos envolvidos. Os 23% restantes aparentemente não se encaixavam em nenhum dos três campos e foram classificados como "o restante".
Em seu relatório, o ECFR previu que o número de pessoas no campo da paz provavelmente aumentaria com o tempo, aumentando as divisões nos
países europeus. O think tank instou os governos a se concentrarem nos "eleitores indecisos" com
narrativas que abordassem suas preocupações para mitigar essa tendência.