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Pacto entre Turquia, Suécia e Finlândia: um obstáculo para relações entre Ancara e Moscou?

© Sputnik / Sergei GuneevPresidente da Rússia, Vladimir Putin (à direita), conversa com seu homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, em Moscou, no dia 5 de março de 2020
Presidente da Rússia, Vladimir Putin (à direita), conversa com seu homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, em Moscou, no dia 5 de março de 2020 - Sputnik Brasil, 1920, 29.06.2022
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A Turquia prometeu apoiar o ingresso da Finlândia e Suécia na OTAN, tendo assinado um memorando com os dois países. Um cientista político turco explica se o acordo pode afetar as relações entre Ancara e Moscou.
O cientista político Onur Sinan Guzaltan, da Universidade Russa da Amizade dos Povos, acredita que o acordo que Ancara assinou com Helsinque e Estocolmo reflete as políticas equilibradas das autoridades turcas, uma vez que se aproxima um período eleitoral. Desta maneira, Ancara simplesmente tenta "aliviar a pressão por parte do Ocidente".
Mesmo assim, é possível que esta medida afete as relações entre a Turquia e a Rússia? Vale a pena lembrar que, anteriormente, Ancara não quis se juntar às sanções contra a Rússia impostas pelos países aliados de Washington em resposta à operação militar especial na Ucrânia.
"Neste momento, as relações entre a Turquia e a Rússia são bastante fortes, por isso não creio que o acordo alcançado possa dar lugar a uma ruptura", crê Guzaltan.
© Sputnik / Aleksei DruzhininPresidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan (à esquerda) e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em conferência de imprensa após encontro em outubro de 2019
Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan (à esquerda) e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em conferência de imprensa após encontro em outubro de 2019 - Sputnik Brasil, 1920, 29.06.2022
Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan (à esquerda) e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em conferência de imprensa após encontro em outubro de 2019
O cientista político salienta que a expansão da OTAN "ameaça os interesses nacionais da Turquia" e "não há garantias de que, no futuro, a Suécia, a Finlândia ou outro Estado-membro da OTAN não comece a apoiar as organizações terroristas antiturcas". Ele recorda que os Estados Unidos "têm apoiado durante vários anos" estruturas que representam uma ameaça para a segurança da Turquia.
"Afinal, o memorando não é mais do que uma solução temporária, enquanto os caminhos da Turquia e da OTAN - que têm distintos interesses geopolíticos – vão se separar tarde ou cedo", conclui Onur Sinan Guzaltan.
Anteriormente, o governo turco bloqueou a entrada da Suécia e Finlândia na OTAN alegando que Helsinque e Estocolmo mantêm relações com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, na sigla em curdo), grupo considerado como terrorista pela Turquia. Na terça-feira (29), a OTAN, Turquia, Finlândia e Suécia assinaram um memorando com dez pontos. Em troca do apoio da Turquia na OTAN, a Finlândia e a Suécia assumiram o compromisso de combater as atividades do PKK e de outros movimentos considerados terroristas pela Turquia.
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