Turquia pode aderir ao BRICS apesar do desejo de ingressar na UE, diz analista
© Sputnik / Pool / Acessar o banco de imagensO presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, durante encontro com seu equivalente russo, Vladimir Putin, em Sochi, Rússia, 19 de setembro de 2021
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Embora a Turquia se posicione como parte da civilização ocidental, o país não tem planos de rejeitar aderir ao BRICS, composto pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e a cooperar com os países do Oriente, tais como a ASEAN ou a OCX (Organização para Cooperação de Xangai), acredita o analista político turco Hasan Selim Ozertem.
"A Turquia, o governo turco, se posiciona como parte da civilização ocidental, o que não significa que a Turquia vai se abster de outros formatos [de cooperação], tais como a OCX [Organização para Cooperação de Xangai] ou ASEAN, ou de uma adesão ao BRICS", afirmou o analista ao discursar durante a discussão da reunião dos ministros das Relações Exteriores do G20, organizada à margem do clube de discussão Valdai.
"Embora a Turquia seja um país candidato à União Europeia – e neste caminho, segundo Ozertem, o país enfrenta certas dificuldades – ela expressou seu interesse na presença das reuniões do BRICS", lembrou o analista. "Contudo, é preciso assumir responsabilidades adicionais para que a Turquia se torne membro do BRICS", esclareceu.
"A Turquia deseja promover o multilateralismo e uma diplomacia multilateral com outros países do mundo. Pertencer à civilização ocidental, isso não significa que nós excluímos as outras partes do mundo. A Turquia quer atuar como uma espécie de ponte entre o Ocidente e o Oriente", salientou Ozertem.
De acordo com o analista, a Turquia quer se aproveitar em pleno de sua situação geográfica entre o Ocidente e o Oriente.
"Ou seja, quando podemos entender perfeitamente tanto a civilização oriental, seus interesses, suas preocupações, no que diz respeito a diversas questões políticas, como as políticas do Ocidente", acrescentou.
O ministro das Relações Exteriores russo Sergei Lavrov afirmou, em uma sessão plenária dos ministros das Relações Exteriores do G20, que a Rússia seguiria promovendo uma agenda "unificadora", citando como exemplo disso tais projetos de cooperação como o BRICS e a OCX.