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Casa Branca tenta redefinir 'recessão' após segundo trimestre consecutivo de contração econômica
Casa Branca tenta redefinir 'recessão' após segundo trimestre consecutivo de contração econômica
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Os EUA estão mobilizados para preparar o público para os resultados nada animadores do relatório de desempenho econômico do segundo trimestre. A chefe do... 25.07.2022, Sputnik Brasil
2022-07-25T17:34-0300
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A Casa Branca está se esforçando para tentar redefinir o que constitui uma recessão antes da publicação dos dados do produto interno bruto (PIB) que devem ficar no vermelho novamente, após um declínio no primeiro trimestre.A economia dos EUA contraiu 1,4% no primeiro trimestre deste ano e segundo projeções do Federal Reserve (Fed), que costuma se aproximar dos números reais, deve perder mais 1,6% neste segundo trimestre.O governo dos EUA argumentou em seu blog oficial que mesmo um crescimento negativo do PIB no segundo trimestre consecutivo é "improvável" significar que a economia dos EUA está em recessão. Essa noção contradiz os benchmarks frequentemente usados por economistas e por alguns dos governos anteriores dos EUA, que declaram recessões após dois trimestres ruins consecutivos.O National Bureau of Economic Research – uma organização norte-americana sem fins lucrativos voltada para pesquisas em economia – oferece uma definição mais flexível, argumentando que a recessão pode ser considerada um "declínio significativo da atividade econômica que se espalha pela economia" que dura "alguns meses". O mesmo departamento também aponta a renda corrigida pela inflação, os números de emprego, os níveis de consumo público e o ritmo da produção industrial como parâmetros a serem considerados antes de diagnosticar uma recessão.O governo Biden parece estar interessado em usar os parâmetros mencionados pelo National Bureau of Economic Research para provar que os EUA não estão em recessão – um termo que pode minar ainda mais as posições dos Democratas antes das eleições de 2022. A Casa Branca argumentou no blog que o consumo, a produção e o emprego são tão altos quanto se pode sonhar e, portanto, a economia supostamente não está com problemas, apesar da inflação superior a 9%.A chefe do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, contou com uma explicação semelhante ao insistir que o que a economia dos EUA estava testemunhando não era uma recessão, mas uma "desaceleração" após um crescimento rápido incomum pós-pandemia de COVID-19 em 2021.No entanto, nem todos se convenceram das explicações da Casa Branca sobre a recessão econômica no país.Os Republicanos, que desejam recuperar o controle sobre o Congresso nas próximas eleições, correram para acusar o presidente Biden, os Democratas e sua decisão de aprovar um pacote extra de ajuda no combate à pandemia de COVID-19 e outros gastos, em 2021, pelos atuais problemas econômicos nos EUA.A Casa Branca ainda não perdeu a esperança de controlar a inflação, mas até agora sua estratégia tem se baseado apenas na elevação dos juros. As taxas já foram aumentadas para quase 2% pelo Fed e estão programadas para serem aumentadas em mais 0,75% nos próximos dias. O órgão regulador espera que a medida acabe por desacelerar a economia "superaquecida", como costuma acontecer com juros altos, fazendo com que a inflação também caia. No entanto, até agora, o método não surtiu muito efeito na economia norte-americana.
https://noticiabrasil.net.br/20220724/chefe-do-tesouro-dos-eua-afirma-que-economia-nao-esta-encolhendo-nao-recessao-mas-desaceleracao-23792556.html
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américas, economia, eua, departamento do tesouro dos eua, federal reserve (fed), janet yellen, recessão, pib, washington, casa branca, joe biden, taxa de juros, inflação, crise econômica
Casa Branca tenta redefinir 'recessão' após segundo trimestre consecutivo de contração econômica
Os EUA estão mobilizados para preparar o público para os resultados nada animadores do relatório de desempenho econômico do segundo trimestre. A chefe do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, já contestou a noção de que uma economia em contração equivalha à "recessão".
A Casa Branca está
se esforçando para tentar redefinir o que constitui uma recessão antes da
publicação dos dados do produto interno bruto (PIB) que devem ficar no vermelho novamente, após um declínio no primeiro trimestre.
A economia dos EUA contraiu 1,4% no primeiro trimestre deste ano e segundo projeções do Federal Reserve (Fed), que costuma se aproximar dos números reais, deve perder mais 1,6% neste segundo trimestre.
O governo dos EUA argumentou em seu blog oficial que mesmo um
crescimento negativo do PIB no segundo trimestre consecutivo é
"improvável" significar que a economia dos EUA está em recessão. Essa noção contradiz os benchmarks frequentemente usados por economistas e por alguns dos governos anteriores dos EUA, que declaram recessões após dois trimestres ruins consecutivos.
O National Bureau of Economic Research – uma organização norte-americana sem fins lucrativos voltada para pesquisas em economia – oferece uma definição mais flexível, argumentando que a recessão pode ser considerada um "declínio significativo da atividade econômica que se espalha pela economia" que dura "alguns meses". O mesmo departamento também aponta a renda corrigida pela inflação, os números de emprego, os níveis de consumo público e o ritmo da produção industrial como parâmetros a serem considerados antes de diagnosticar uma recessão.
O governo Biden parece estar interessado em usar os parâmetros mencionados pelo National Bureau of Economic Research para
provar que os EUA não estão em recessão – um termo que pode minar ainda mais as posições dos Democratas antes das
eleições de 2022. A Casa Branca argumentou no blog que o consumo, a produção e o emprego são tão altos quanto se pode sonhar e, portanto, a economia supostamente não está com problemas,
apesar da inflação superior a 9%.
A chefe do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, contou com uma explicação semelhante ao insistir que o que a economia dos EUA estava testemunhando não era uma recessão, mas uma "desaceleração" após um crescimento rápido incomum pós-pandemia de COVID-19 em 2021.
"Temos um mercado de trabalho muito forte. Quando você está criando quase 400.000 empregos por mês, isso não é uma recessão", insistiu Yellen em sua entrevista à NBC.
No entanto, nem todos se convenceram das explicações da Casa Branca sobre a recessão econômica no país.
Os Republicanos, que desejam
recuperar o controle sobre o Congresso nas
próximas eleições, correram para acusar o presidente Biden, os Democratas e sua decisão de aprovar um pacote extra de ajuda no combate à pandemia de COVID-19 e outros gastos, em 2021, pelos atuais problemas econômicos nos EUA.
"Redefinir a palavra não vai corrigir o fato de que os Democratas desperdiçaram US$ 1,9 trilhão [cerca de R$ 10,2 trilhões], resultando em custos vertiginosos para os americanos. Isso ressalta ainda mais como Biden e os Democratas estão fora de contato com a dor que as famílias estão sentindo", disse o porta-voz do Comitê Nacional do Partido Republicano, Will O'Grady, em entrevista à Fox News.
A Casa Branca ainda
não perdeu a esperança de controlar a inflação, mas até agora sua estratégia tem se baseado apenas na
elevação dos juros. As taxas já foram aumentadas para quase 2% pelo Fed e estão programadas para serem aumentadas em mais 0,75% nos próximos dias. O órgão regulador espera que a medida acabe por desacelerar a economia "superaquecida", como costuma acontecer com juros altos, fazendo com que a inflação também caia. No entanto, até agora, o
método não surtiu muito efeito na economia norte-americana.