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EUA perderam China para sempre após visita de Pelosi a Taiwan, diz analista
EUA perderam China para sempre após visita de Pelosi a Taiwan, diz analista
Sputnik Brasil
Com a chegada da presidente da Câmara dos Representantes dos EUA a Taiwan, Washington acredita que venceu a rodada, embora do ponto de vista estratégico esteja... 03.08.2022, Sputnik Brasil
2022-08-03T07:18-0300
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Na terça-feira (2), o Ministério das Relações Exteriores chinês afirmou que certos políticos nos EUA estavam "brincando com fogo" na questão taiwanesa, seguindo os seus interesses pessoais. A entidade prometeu tomar todas as medidas necessárias em resposta à visita de Nancy Pelosi a Taiwan. Após a aterrissagem do avião de Pelosi em Taipé, a agência de notícias Xinhua comunicou sobre exercícios de grande escala nas águas ao redor da ilha no período de 4 a 7 de agosto.Segundo o especialista, parece que os EUA queriam uma provocação ou incidente com a participação de Pelosi, enquanto a China não recorreu a tal passo.Segundo Leonkov, a provocação dos EUA pode aproximar ainda mais Moscou e Pequim.O professor da Academia Diplomática do MRE da Rússia, Vladimir Vinokurov, acredita que a China não vai recorrer à anexação de Taiwan por meios militares, mas a visita provocativa de Pelosi vai resultar em mais apoio da China em relação a Moscou, incluindo no que diz respeito à operação militar especial na Ucrânia.O entrevistado salientou a possibilidade de Pequim ter analisado o balanço de forças na região, chegando à conclusão de que em um futuro próximo não conseguirá resolver a questão taiwanesa por fins militares. Ao mesmo tempo, segundo o diplomata militar, a provocação norte-americana vai fazer com que a China comece a fornecer apoio técnico-militar e econômico à Rússia em meio ao conflito na Ucrânia.A China considera Taiwan sua província e sempre se manifestou contra quaisquer contatos dos representantes de Taipé com funcionários incumbentes, especialmente de alto nível, ou com militares dos países com os quais Pequim mantém relações diplomáticas.A China já declarou que tomará medidas decisivas para defender a sua soberania nacional e integridade territorial em resposta à visita de Pelosi a Taiwan. Segundo o embaixador chinês nas Nações Unidas Zhang Jun, "Taiwan é parte integrante da China", sendo a questão da integridade territorial uma linha vermelha para Pequim.
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EUA perderam China para sempre após visita de Pelosi a Taiwan, diz analista
Com a chegada da presidente da Câmara dos Representantes dos EUA a Taiwan, Washington acredita que venceu a rodada, embora do ponto de vista estratégico esteja perdendo a China para sempre, enquanto Pequim se aproxima ainda mais de Moscou, disse à Sputnik na quarta-feira (3) o analista militar russo, Aleksei Leonkov.
Na terça-feira (2), o Ministério das Relações Exteriores chinês afirmou que certos políticos nos EUA estavam "brincando com fogo" na
questão taiwanesa, seguindo os seus interesses pessoais. A entidade prometeu tomar todas as medidas necessárias em resposta à visita de Nancy Pelosi a Taiwan. Após a aterrissagem do avião de Pelosi em Taipé, a agência de notícias Xinhua
comunicou sobre
exercícios de grande escala nas águas ao redor da ilha no período de 4 a 7 de agosto.
"Ao acreditarem que foram eles quem venceu a rodada em meio ao escândalo com Pelosi, os Estados Unidos estragaram tudo, demonstrando que, com políticos tão imprudentes, Washington é completamente incompetente. Agora os EUA estão perdendo a China para sempre, sendo Taiwan o tema mais sensível para os chineses, que anteriormente queriam resolver a questão por meios pacíficos. Os Estados Unidos, por sua vez, provocaram Pequim a uma ação militar", explicou Leonkov.
Segundo o especialista, parece que os EUA queriam uma provocação ou incidente com a participação de Pelosi, enquanto a China não recorreu a tal passo.
"Apenas políticos irresponsáveis, com falta de bom senso, podem organizar uma provocação dessas, que poderia levar a combates de grande escala. [...] Essa ação tática de relações públicas vai resultar no fracasso estratégico de Washington", sublinhou o analista.
Segundo Leonkov, a provocação dos EUA pode aproximar ainda mais Moscou e Pequim.
"Isso também beneficia as relações sino-russas. As nossas relações vão seguir se desenvolvendo ainda mais, enquanto o poder dos dois países será fortalecido através de uma cooperação mutuamente vantajosa", acrescentou.
O professor da Academia Diplomática do MRE da Rússia, Vladimir Vinokurov, acredita que a China não vai recorrer à anexação de Taiwan por meios militares, mas a visita provocativa de Pelosi vai resultar em mais apoio da China em relação a Moscou, incluindo no que diz respeito à operação militar especial na Ucrânia.
"Vamos nos parabenizar pela terceira guerra mundial não ter começado hoje. As autoridades chinesas se mostraram prudentes ao não reagirem à provocação. Ainda assim, há razões para supor que as relações de Pequim com Washington têm sofrido uma grande derrota. Agora, a parte chinesa vai inevitavelmente se aproximar mais da Rússia, e poderemos contar com uma espécie de apoio à nossa operação militar especial na Ucrânia", disse o especialista à Sputnik.
O entrevistado salientou a possibilidade de Pequim ter analisado o balanço de forças na região, chegando à conclusão de que em um futuro próximo não conseguirá resolver a questão taiwanesa por fins militares. Ao mesmo tempo, segundo o diplomata militar, a provocação norte-americana vai fazer com que a China comece a fornecer apoio técnico-militar e econômico à Rússia em meio ao conflito na Ucrânia.
"Até agora, Pequim tem mantido uma posição muito cautelosa em relação à nossa operação especial. Ainda houve notícias sobre a saída de uma parte dos negócios chineses do mercado russo por terem medo das sanções. Estou seguro que agora a China será mais determinada no que diz respeito ao fornecimento para nós [a Rússia] de equipamentos especiais e à transferência de tecnologia militar, que poderiam ser úteis para nós, incluindo, por exemplo, drones", esclareceu.
A China considera Taiwan sua província e sempre se manifestou contra quaisquer contatos dos representantes de Taipé com funcionários incumbentes, especialmente de alto nível, ou com militares dos países com os quais Pequim mantém relações diplomáticas.
A China já declarou que tomará medidas decisivas para defender a sua soberania nacional e integridade territorial em resposta à visita de Pelosi a Taiwan. Segundo o embaixador chinês nas Nações Unidas Zhang Jun, "Taiwan é parte integrante da China", sendo a questão da integridade territorial uma linha vermelha para Pequim.