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Mesmo depois da 1ª deflação em 2 anos, itens de cesta básica continuam subindo, aponta IPCA

© Folhapress / Mathilde MissioneiroPessoas fazem compra em supermercado de classe média em São Paulo, 31 de agosto de 2021
Pessoas fazem compra em supermercado de classe média em São Paulo, 31 de agosto de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 10.08.2022
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Apesar de redução do preço da gasolina ter sido sentida por parcela mais rica da população, mais pobres continuam impactados com alta de preços da alimentação.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgou na terça-feira (9) os resultados de sua pesquisa e apontou um contraste junto à primeira deflação do país em mais de dois anos. Apesar da queda de preços como combustíveis e energia, o índice registrou mais uma alta dos preços de alimentos.
De acordo com o G1, dentre os 13 itens da cesta básica, 12 tiveram alta na janela de 12 meses do indicador de preços medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os Itens que registraram alta superior a 50% foram batata, leite e café, o que aumenta a situação de insegurança alimentar das famílias mais pobres.
Segundo a última Pesquisa de Orçamento Familiar, divulgada pelo IBGE em 2019, as famílias que ganhavam até R$ 1,9 mil gastavam cerca de 22% de sua renda com alimentação, o que para as pessoas com a renda mais alta, representava apenas 7,6% do orçamento.
Muitas famílias têm deixado de consumir produtos considerados essenciais para uma alimentação saudável como leite, segundo item que mais subiu na cesta básica nos últimos 12 meses. A carne bovina continua cara embora tenha registrado uma alta de apenas 2,91% segundo o índice.
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O grupo de alimentação e bebidas registrou 1,30% de alta em julho, apresentando maior impacto na alta nos preços, o equivalente a 0,28 ponto percentual do IPCA final.
A deflação ficou concentrada no grupo de Transportes (-4,51%) e de Habitação (-1,05%). Só o grupo de Transportes foi responsável por derrubar o IPCA em 1 ponto percentual.
Como resultado da instauração de um teto para as alíquotas de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e de reduções de preços nas refinarias definidos pela Petrobras, a gasolina, sozinha, teve impacto negativo de 1,04 ponto percentual no IPCA.
A energia elétrica residencial também se beneficia do recuo das tarifas, registrando queda de 0,24 ponto percentual no IPCA, retornando à bandeira verde pela aprovação das Revisões Tarifárias Extraordinárias de dez distribuidoras espalhadas pelo país pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
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