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Arábia Saudita aumenta investimento em empresas de energia da Rússia

© Daniel MarencoFuncionários da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) observam o painel no prédio da Bolsa, centro de São Paulo (SP).
Funcionários da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) observam o painel no prédio da Bolsa, centro de São Paulo (SP). - Sputnik Brasil, 1920, 14.08.2022
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A Kingdom Holding da Arábia Saudita expandiu os seus investimentos nos grupos de energia russos Gazprom, Rosneft e Lukoil, entre 22 de fevereiro e 22 de março.
Apesar das sanções impostas pelos EUA e seus aliados na Europa, a Kingdom Holding da Arábia Saudita, uma das maiores investidoras do mundo, comunicou em suas redes sociais neste domingo (14) que ampliou seus investimento em empresas russas.
Os investimentos da Kingdom Holding se enquadram no programa de investimento de três anos de US$ 3,4 bilhões (R$ 17,2 bilhões) da empresa.
A Kingdom Holding disse que investiu US$ 364,8 milhões (R$ 1,85 bilhão) na Gazprom e US$ 52,1 milhões (R$ 264,4 milhões) na Rosneft em 22 de fevereiro, e US$ 109,1 milhões (R$ 553,8 milhões) na Lukoil de 22 de fevereiro a 22 de março.
A Kingdom Holding é de propriedade principalmente do príncipe saudita Alwaleed Bin Talal, mas o fundo soberano da Arábia Saudita, o Public Investment Fund (PIF), assumiu uma participação de 16,87% na empresa em maio.
Refinaria de Petróleo de Moscou (MNPZ, na sigla em russo), da Gazprom Neft, em Kapotnya, na Rússia - Sputnik Brasil, 1920, 09.08.2022
Bangladesh pode importar petróleo da Rússia e contornar sanções, diz embaixador
Arábia Saudita e Rússia lideram a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+), aliança formada em 2017.
A OPEP tem 13 membros plenos, incluindo Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Irã e Venezuela. A Rússia faz parte do grupo de 11 países que participam da organização de forma voluntária — a chamada OPEP+.
Vale lembrar que, recentemente, os EUA buscaram apoio junto aos seus aliados no Oriente Médio para expandir as sanções econômicas contra a Rússia.
Na semana passada, a revista Foreign Policy escreveu um artigo sobre as viagens dos presidentes da Rússia e dos EUA, Vladimir Putin e Joe Biden, ao Oriente Médio, mostrando que os países da região apoiam Moscou na questão da formação de um mundo multipolar.
Príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, se reúne com o presidente norte-americano, Joe Biden, no palácio de Al-Salam, em Gidá, segunda maior cidade do reino, 15 de julho de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 03.08.2022
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Em revés para Biden, OPEP+ aprova aumento 'modesto' da produção de petróleo
Na opinião dos autores do artigo, o périplo do líder norte-americano pelos países do Oriente Médio não teve grande sucesso.
Os resultados modestos da visita de Biden à região mostram que os principais jogadores regionais, especialmente do golfo Pérsico, não querem romper as relações com a Rússia e a China.
Conforme aponta a matéria, Moscou tem objetivos comuns com quase todos os parceiros de Washington na região, desde os altos preços dos recursos energéticos até a formação de um mundo multipolar.
Ressalta-se que Biden não conseguiu forçar o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammad bin Salman, a agir na questão do aumento da produção de petróleo.
Joe Biden, presidente dos EUA (centro à esquerda), e Mohammed bin Salman Al Saud, príncipe herdeiro saudita (centro à direita), em um hotel de Jeddah, Arábia Saudita, 16 de julho de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 23.07.2022
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Foreign Policy compara resultados das viagens de Putin e Biden ao Oriente Médio
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