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PF diz ao STF que Bolsonaro cometeu incitação ao crime

© Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência BrasilPresidente Jair Bolsonaro, acompanhado do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, participa de Cerimônia de Liberação de Recursos para Atenção Primária à Saúde no Enfrentamento à COVID-19
Presidente Jair Bolsonaro, acompanhado do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga,  participa de Cerimônia de Liberação de Recursos para Atenção Primária à Saúde no Enfrentamento à COVID-19 - Sputnik Brasil, 1920, 17.08.2022
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Relatório da Polícia Federal (PF) afirma que o presidente do Brasil estimulou espectadores a não adotar normas sanitárias estipuladas pelo próprio governo.
A Polícia Federal afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o presidente Jair Bolsonaro cometeu incitação ao crime ao associar a vacina contra a COVID-19 ao risco de desenvolver Aids. Pelo Código Penal, incitação ao crime pode dar até seis meses de prisão.
A relação feita pelo presidente, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é falsa.
Bolsonaro fez a associação falaciosa entre vacina contra o coronavírus e risco de desenvolver Aids em uma transmissão ao vivo em suas nas redes sociais no dia 22 de outubro de 2021, escreve o portal G1.
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No relatório enviado ao STF, a PF escreveu que a conduta de Bolsonaro levou as pessoas a descumprir normas sanitárias estabelecidas pelo próprio governo.
Para a PF, o presidente "disseminou, de forma livre, voluntária e consciente, informações que não correspondiam ao texto original de sua fonte, provocando potencialmente alarma de perigo inexistente aos espectadores".
A Polícia Federal ainda indicou que pode haver conexão entre o inquérito da falsa associação entre vacina da COVID-19 e risco de pegar Aids com o inquérito que apura se o presidente vazou informações sigilosas com o objetivo de distorcer informações e desacreditar as urnas eletrônicas.
Na transmissão de outubro de 2022, Bolsonaro disse que relatórios oficiais do Reino Unido teriam sugerido que pessoas totalmente vacinadas contra a COVID-19 estariam desenvolvendo Aids (doença causada pelo HIV) "muito mais rápido que o previsto".
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