Taiwan testa caças F-16V em meio à demonstração de força da China em torno da ilha (FOTOS)
11:06 18.08.2022 (atualizado: 11:08 18.08.2022)
© AFP 2023 / Sam Yeh
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Duas aeronaves da Força Aérea de Taiwan voaram equipadas com mísseis antinavio e ar-ar como preparação para um possível combate, escreve mídia local.
Caças F-16V taiwaneses armados com mísseis conduziram um voo noturno de quarta-feira (17) para quinta-feira (18) como parte de um exercício de "prontidão de combate", relatou a agência taiwanesa CNA.
We are talking about a US-made F-16V missile-equipped fighter jet that has been displayed on Wednesday night after #China's unprecedented military maneuvers off #Taiwan’s coast pic.twitter.com/NPZe17GVuu
— RoINTEL (@RoINTEL) August 17, 2022
Estamos falando de um jato de caça F-16V fabricado nos EUA e equipado com mísseis que foi exibido na noite de quarta-feira [17] após as manobras militares sem precedentes da China ao largo da costa de Taiwan.
Assim, os dois aviões apareceram munidos de mísseis antinavio Boeing AGM-84L Harpoon, mísseis ar-ar AIM-9X Sidewinder e mísseis avançados ar-ar de médio alcance AIM-120C-7, de acordo com a CNA.
"Os caças foram armados com o complemento completo de mísseis antinavio e ar-ar", detalhou ela.
Segundo Sung Yu-ning, editor sênior da revista Defense International Magazine, as operações da Força Aérea de Taiwan acontecem em resposta ao surgimento recente de navios de guerra chineses ao largo da costa de Taiwan e devido às ações correspondentes para proteger as águas territoriais. Ele acrescentou que os mísseis AIM-120C-7 e AIM-9X eram destinados a demonstrar que o caça pode negar simultaneamente o acesso aéreo e marítimo.
Militares da Força Aérea taiwanesa se preparam para carregar mísseis anti-navio Harpoon AGM-84 feitos pelos EUA em frente a um caça F-16V durante um exercício na base da Força Aérea de Hualien em 17 de agosto de 2022, Taiwan
© AFP 2023 / Sam Yeh
A China intensificou suas manobras militares em torno de Taiwan depois que Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, visitou a ilha autogovernada, contra os avisos de Pequim. Além dos EUA, vários outros países ocidentais também já realizaram ou planejam visitas a Taiwan.
A China também tem imposto sanções contra funcionários envolvidos nessas decisões, incluindo pessoas em Taiwan, e remete a responsabilidade de suas ações para os passos "provocatórios" dos países que tentam estabelecer relações com Taiwan. Para Pequim, tais passos contradizem a política internacional de Uma Só China, acordada há décadas, e minam assim a integridade territorial chinesa.
