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Operação militar especial russa
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The National Interest explica por que Ocidente não tem chances de vencer na Ucrânia

© AFP 2023 / Ludovic Marin Da esquerda à direita em frente de uma mesa, no último dia da cúpula do G7, Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, Joe Biden, presidente dos EUA, Olaf Scholz, chanceler da Alemanha, Emmanuel Macron, presidente da França, e Mario Draghi, primeiro-ministro de Itália, no Castelo Elmau, Alemanha, 28 de junho de 2022
Da esquerda à direita em frente de uma mesa, no último dia da cúpula do G7, Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, Joe Biden, presidente dos EUA, Olaf Scholz, chanceler da Alemanha, Emmanuel Macron, presidente da França, e Mario Draghi, primeiro-ministro de Itália, no Castelo Elmau, Alemanha, 28 de junho de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 29.08.2022
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A abordagem das autoridades norte-americanas à crise ucraniana se deparará com uma "verdade dura e inconfortável", o Ocidente não conseguirá abalar a determinação da Rússia e vencer o conflito na Ucrânia, afirmou o colunista da revista The National Interest, Ramzy Mardini.

"Em qualquer caso, o Ocidente não está vencendo a guerra. A vitória decisiva na Ucrânia não vale nem riscos nem despesas para consegui-la", defendeu Mardini, salientando que "em qualquer opção de resolução do conflito será muito difícil rejeitar as condições de Moscou".

Conforme o autor, a situação está se tornando cada vez mais lamentável para as tropas ucranianas. Contudo, os países ocidentais não parecem estar dispostos a mudar sua narrativa para a resolução diplomática.
"A abordagem errônea, liderada pelos EUA, vai inevitavelmente se deparar com uma verdade dura e inconfortável: é muito provável que a determinação da Rússia quebre a camada fina da unidade ocidental. Já que a Europa está sendo atacada permanentemente pelas políticas de Washington, a futura escalada pode acelerar a sua retirada a favor da procura do compromisso com a Rússia", salientou.
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Além disso, segundo a edição, a participação mais ativa da OTAN no conflito apenas agravará a ameaça que a Rússia considera "existencial", fortalecendo ainda mais a determinação russa.
Ainda assim, o acordo bilateral entre Moscou e Kiev em si não ajudará a estabelecer uma paz sólida, opina o autor.

"Isso porque a Ucrânia foi arrastada para uma guerra por procuração. O seu casus belli não pode ser facilitado até as disputas territoriais entre os vizinhos. Embora tais disputas na verdade tenham desempenhado o seu papel na crise, a raiz da instabilidade é o compromisso em vigor da OTAN, assumido pela aliança em 2008 e confirmado em 2022, sobre a adesão da Ucrânia."

Como resultado, o Ocidente, na opinião de Mardini, deve se tornar parte das negociações e assinar um acordo sobre a resolução a longo prazo. Além disso, os EUA e a Europa devem exercer pressão, de forma sincronizada, sobre Vladimir Zelensky, dando-lhe a oportunidade de encontrar o tão necessário compromisso, que também exigirá do Ocidente a recusa oficial do posicionamento sobre o ingresso da Ucrânia à OTAN.

"Mas antes de mais nada, Washington deve aceitar o seu papel na provocação – a agora no arrastamento – do conflito. Infelizmente, a narrativa assumida por todos oculta a percepção disso e atrasa ainda mais a correção do rumo. Essa teimosia imprudente longe do oceano só destruirá a Ucrânia ainda mais", conclui o autor.

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Desde 24 de fevereiro, a Rússia tem conduzido uma operação militar especial para desnazificar e desmilitarizar a Ucrânia. O presidente russo Vladimir Putin declarou como seu objetivo "defender as pessoas que ao longo de oito anos têm sofrido intimidações e genocídio por parte do regime de Kiev". Segundo o presidente russo, o objetivo final da operação é libertar Donbass e criar condições que garantam a segurança da própria Rússia.
Segundo o Ministério da Defesa russo, somente a infraestrutura militar ucraniana está sendo visada. Moscou já reiterou, por diversas vezes, que não tem planos de ocupar o país. Os países do Ocidente, em resposta à operação russa, lançaram uma campanha de sanções sem precedentes contra Moscou.
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