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The Hill: EUA não têm outra saída senão procurar compromisso com Rússia

© AP Photo / Patrick SemanskyPresidente dos EUA, Joe Biden, e presidente da Rússia, Vladimir Putin, chegam para a cúpula em Genebra, Suíça, 16 de junho de 2021
Presidente dos EUA, Joe Biden, e presidente da Rússia, Vladimir Putin, chegam para a cúpula em Genebra, Suíça, 16 de junho de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 05.09.2022
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Para não caírem em encruzilhada, entre a escalada do conflito com a Rússia e o teste de resistência, em que Moscou tem muito mais chances de vencer, os EUA terão que recorrer ao compromisso ucraniano. Tal conclusão foi feita pelo ex-chefe do Departamento de Estudos da Rússia da CIA, George Beebe, em artigo para The Hill.
Segundo o autor, a janela de oportunidades para os EUA na Ucrânia está se fechando de maneira rápida, visto que na crise atual o tempo joga a favor da Rússia. Beebe rejeitou ataques contra Moscou, tanto econômicos como militares, como "métodos" para melhorar a situação.

"Os norte-americanos estão tentando superar os preços altos da gasolina e alimentos. A Europa está perante a perspectiva de um inverno frio, além de cortes significativos no funcionamento das indústrias-chave; o déficit do gás natural e de outros produtos russos, provocado pelas sanções, afeta os setores de construção, de automóveis e metalúrgicos. […] Apertar a corda econômica em torno da Rússia seria ineficaz", disse o colunista.

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Além disso, Beebe criticou firmemente os representantes do "partido dos falcões" dentro das autoridades norte-americanas, tendo chamado de "aventura" as suas propostas para fortalecer o envolvimento estadunidense no conflito ucraniano e, além de fornecer todos os meios requeridos ao regime de Kiev, enviar à Ucrânia, de certa forma, militares das Forças Armadas dos EUA.
O especialista está seguro de que os políticos cometeram um grande erro ao terem se oposto no espaço público contra "tudo russo".

"Até os russos que lamentam o rompimento das relações com o Ocidente ficaram chocados com o ponto da hostilidade ocidental em relação ao povo e à cultura russos demonstrado nos últimos anos. Os Estados Unidos fazem pouco para se dirigir aos cidadãos russos ou demonstrar que estamos abertos para melhorar as relações", enfatizou Beebe.

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O autor vê o compromisso com a Rússia como a única saída da situação em curso. Tal "compromisso" prevê o retorno para as propostas iniciais que Moscou e Kiev discutiram durante as negociações em Istambul.

"Enquanto não quisermos aceitar uma resolução baseada em compromisso, que, como até Kiev supunha no início do conflito certa neutralidade da Ucrânia, estaremos perante uma escolha entre a escalada da nossa participação e o teste de resistência, em que a Rússia tem mais chances. Nenhuma destas opções vai dar bons resultados, nem para a Ucrânia, nem para os EUA", concluiu o autor.

Em meio à operação militar especial russa na Ucrânia, os EUA e os seus aliados da OTAN seguem fornecendo a Kiev armas pesadas. O presidente norte-americano Joe Biden assinou a lei de Lend-Lease, enquanto Washington está alocando regularmente para a Ucrânia dezenas de bilhões de dólares. Moscou tem repetidamente salientado que o fornecimento de equipamento militar a Kiev apenas prolonga o conflito, acrescentando que os veículos transportadores de armas são alvos legítimos para o Exército russo.
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