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Politico: estratégia do presidente Putin obrigará Europa a aliviar sanções antirrussas

© Mikhail MetzelO presidente russo, Vladimir Putin, participa de encontro com jovens empreendedores e desenvolvedores de startups na véspera do Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo (SPIEF), Moscou, Rússia, 9 de junho de 2022
O presidente russo, Vladimir Putin, participa de encontro com jovens empreendedores e desenvolvedores de startups na véspera do Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo (SPIEF), Moscou, Rússia, 9 de junho de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 08.09.2022
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A política bem-sucedida de Vladimir Putin fez a União Europeia perceber que o Ocidente, mais cedo ou mais tarde, terá que aliviar as sanções contra a Rússia, escreve Matthew Karnitschnig em um artigo para o jornal Politico.
"A tempestade que se aproxima está confrontando os líderes da Europa com a difícil verdade de que, mesmo enquanto a Rússia luta no campo de batalha contra a Ucrânia, o Kremlin está travando sua própria guerra contra bases democráticas da Europa", diz a publicação.
De acordo com as palavras do autor, um dos altos funcionários da Comissão Europeia confirmou que ele não tem "nenhuma dúvida de que Putin está vencendo neste assunto".
O observador acredita que a crescente atividade de protestos na União Europeia indica que os líderes europeus inevitavelmente enfrentarão os apelos fortes de aliviar as restrições contra Moscou.
Karnitschnig relembra que, segundo a sondagem do YouGov, os cidadãos dos maiores países da região, como a Alemanha, França, Reino Unido e Polônia, agora se preocupam mais com o custo de vida do que com o conflito na Ucrânia.
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"Na França, 40% da população apoiariam o retorno do movimento dos coletes amarelos, protestos semanais veementes que eclodiram em 2018 para pressionar pelo que os organizadores chamaram de 'justiça econômica'", ilustra seu argumento o autor da matéria.
Na Alemanha, por sua vez, a situação é similar: embora cerca de metade dos alemães diga que está preparada para enfrentar mais dificuldades econômicas para apoiar a Ucrânia, a outra metade permanece cética. Conforme o artigo, dois terços preveem que a solidariedade da Alemanha com a Ucrânia se dissipará à medida que os preços no país continuarem subindo.

"O tempo, para não mencionar o clima, está do lado de Moscou. À medida que as temperaturas diminuem nas próximas semanas e meses, à medida que o inverno se aproxima, os europeus começarão a sentir o impacto do aumento dos preços do gás natural, que quase triplicou no ano passado", resumiu o jornalista.

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