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Conflito ucraniano esvazia reservas europeias destinadas às metas da ONU, diz Bill Gates

© AP Photo / Lauren Victoria BurkeBill Gates, cofundador da Microsoft.
Bill Gates, cofundador da Microsoft. - Sputnik Brasil, 1920, 13.09.2022
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O custo do conflito ucraniano está esvaziando as reservas de ajuda dos países europeus ricos e minando sua capacidade de cumprir as metas de desenvolvimento da ONU, afirma Bill Gates.
"A guerra na Ucrânia está aumentando seus orçamentos com custos de defesa, despesas para refugiados, subsídios de eletricidade e custos de transporte", disse o bilionário em entrevista ao Financial Times, publicada nesta terça-feira (13).
Gates falou ao jornal após a fundação que ele e sua ex-mulher Melinda administram ter divulgado um relatório especificando como o programa de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU está prestes a falhar o cumprimento das suas metas para 2030.
A agenda foi adotada em 2015 e estabeleceu metas em 17 áreas como o combate à pobreza, à fome, promoção da educação e da igualdade e preservação dos recursos naturais. No meio do caminho, a capacidade da Humanidade de alcançá-las está sendo desafiada por crises inesperadas como a pandemia de COVID-19 e as hostilidades no Iêmen e na Ucrânia, diz o relatório recém-divulgado.
Em entrevista ao FT, Gates disse acreditar que a situação na Ucrânia tem tido um impacto maior na capacidade da Europa de patrocinar a agenda do que os danos causados pela COVID-19.
As nações europeias se comprometeram a enviar ajuda militar e financeira à Ucrânia para que ela pudesse lutar contra a Rússia. Eles também decidiram separar suas economias dos recursos e mercados russos, provocando um aumento da inflação e colocando as indústrias em risco devido ao aumento dos custos de produção. Gates pediu aos países europeus ricos para encontrar dinheiro para coisas como combater a poliomielite e a malária nas zonas mais pobres do mundo, apesar dos problemas que enfrentam.
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O relatório da Fundação Gates menciona a crise ucraniana como o maior desafio principalmente no contexto do papel que tanto a Ucrânia como a Rússia desempenham no fornecimento de grãos ao mercado alimentar global.
A capacidade da Rússia de exportar grãos foi prejudicada pela campanha de sanções liderada pelos EUA, que impediu os navios que transportavam mercadorias russas de prestar certos serviços. A ONU, um dos signatários do chamado acordo de grãos, prometeu usar sua influência para que essas sanções fossem levantadas, mas, de acordo com Moscou, nenhum progresso foi feito na questão até agora.
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