Putin confirma que apenas russos com experiência militar estão sujeitos à mobilização
14:22 29.09.2022 (atualizado: 16:18 29.09.2022)
© Sputnik / Gavriil GrigorovPresidente da Rússia, Vladimir Putin, durante reunião em formato de videoconferência sobre assuntos agrários, em 27 de setembro de 2022 (foto de arquivo)
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Apenas os russos com experiência militar estão sujeitos à mobilização parcial, disse o presidente russo, Vladimir Putin, reforçando que o requisito deve ser "rigorosamente observado".
"Repito: os cidadãos que estão na reserva estão sujeitos ao recrutamento, e acima de tudo aqueles que serviram às Forças Armadas russas e têm especialidades militares em demanda e experiência relevante", disse Putin, em reunião com membros permanentes do Departamento de Segurança do Conselho da Federação da Rússia, nesta quinta-feira (29).
Segundo ele, mesmo tendo sido convocados para o serviço militar, todos devem passar por treinamento adicional antes de serem enviados às unidades.
"Gostaria de chamar a atenção para o fato de que tal coordenação, a formação de pessoas, é uma exigência que deve ser rigorosamente observada", afirmou.
O presidente russo anunciou a mobilização parcial por decreto em 21 de setembro. Segundo o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, é necessário controlar a linha de contato de 1 mil km e os territórios libertados da Ucrânia.
Durante a mobilização, um total de 300 mil reservistas serão convocados, o que representa pouco mais de 1% do recurso total de mobilização da Rússia.
© Sputnik / Vitaly Ankov Militares russos durante a abertura dos exercícios estratégicos anuais Vostok 2022, no campo de treinamento Sergeevsky, na região de Primorie, em 31 de agosto de 2022
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Militares russos durante a abertura dos exercícios estratégicos anuais Vostok 2022, no campo de treinamento Sergeevsky, na região de Primorie, em 31 de agosto de 2022. Foto de arquivo
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Com referendos concluídos na terça-feira (27), as repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL) e as regiões de Kherson e Zaporozhie anunciaram a vitória da adesão à Rússia, com ampla margem.
Os quatro referendos foram realizados entre os dias 23 e 27 de setembro, em meio à operação militar especial russa na Ucrânia, deflagrada em 24 de fevereiro, após o anúncio de Putin do reconhecimento da independência da RPD e da RPL. Ambas as repúblicas solicitaram assistência militar à Federação da Rússia devido a violações de cessar-fogo por parte das forças ucranianas.