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Trump culpa Biden por crise na Ucrânia e acusa Estados Unidos de 'provocar' Putin

© Sputnik / Sergey Guneev / Acessar o banco de imagensO presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente dos EUA, Joe Biden, chegam para seu encontro na Villa La Grange, em Genebra, na Suíça
O presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente dos EUA, Joe Biden, chegam para seu encontro na Villa La Grange, em Genebra, na Suíça - Sputnik Brasil, 1920, 09.10.2022
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O ex-presidente tem dito repetidamente que a escalada da crise política e de segurança de oito anos na Ucrânia não teria ocorrido sob seu comando. Em um comício no sábado (8), ele pediu negociações "imediatas" sobre um "fim pacífico" para a crise antes que ela se torne nuclear.
Donald Trump culpou o presidente Joe Biden e seu governo por instigar a crise na Ucrânia, sugerindo que Washington praticamente "obrigou" o presidente russo Vladimir Putin a iniciar a operação militar especial em fevereiro.

"Eles realmente o insultaram, se você realmente olhar para isso. Nosso país e nossa suposta liderança provocaram Putin. E escute, eu diria que você sabe, eles estão quase o forçando a concordar com o que estão dizendo. A retórica foi tão burra", disse Trump, falando em entrevista ao Real America’s Voice no sábado.

"Olha, estamos mais perto da Terceira Guerra Mundial, e esta será a guerra de todas as guerras porque o armamento é incrivelmente poderoso. O nuclear é tão poderoso, não são tanques do exército indo e vindo e aviões atirando uns nos outros. Este é o grande problema e estou lhe dizendo, a maneira como eles estão lidando com isso é tão ruim. E podemos muito bem acabar na Terceira Guerra Mundial começando com a Ucrânia", alertou Trump.
Trump também repetiu sua afirmação frequente de que a crise na Ucrânia nunca aconteceria se ele ainda fosse o comandante-chefe.
"Isso nunca teria acontecido se eu fosse presidente. Se a eleição não fosse fraudada, isso não teria acontecido. Ucrânia e Rússia não estariam lutando. Isso não significa que eles se amariam, mas não haveria como eles brigarem. Não teria havido hipótese de Putin ter entrado [na Ucrânia]", disse ele.
O ex-presidente Donald Trump durante discurso, em Bedminster, em Nova Jersey, no dia 7 de julho de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 09.10.2022
Panorama internacional
Trump apela a negociações de paz imediatas entre Rússia e Ucrânia para evitar 3ª Guerra Mundial
Questionado por seu entrevistador se estaria disposto a negociar um acordo de paz, Trump se gabou de que "se deu bem" com Putin e com o presidente ucraniano Vladimir Zelensky enquanto estava no cargo. Ele lembrou que Zelensky rejeitou publicamente as alegações feitas pelos democratas durante a investigação de impeachment de 2019 de que Trump agiu ilegalmente ao investigar as atividades comerciais obscuras do filho de Joe Biden, Hunter, na Ucrânia.
"Se não tivéssemos essa farsa Rússia-Rússia-Rússia acontecendo o tempo todo por um bando de desprezíveis — foi uma criação do Partido Democrata [...] teríamos um relacionamento muito bom com a Rússia. Mas foi muito difícil nessas circunstâncias. Porém eu tinha um relacionamento muito bom com Putin", acrescentou Trump.
"Mais uma vez, isso nunca teria acontecido. Ucrânia em um milhão de anos — até o outro lado admite que se Trump fosse presidente, isso não teria acontecido", disse o ex-presidente.
O ex-presidente tem abordado a crise da Ucrânia repetidamente nos últimos oito meses, pedindo por negociações de paz, oferecendo mediação e dizendo que os EUA precisam de um líder "forte" no comando em meio a uma série de crises internacionais.
Joe Biden, presidente dos EUA, fala em evento em Washington, EUA, 1º de outubro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 08.10.2022
Operação militar especial russa
Epoch Times: EUA devem mudar estratégia na Ucrânia o mais rápido possível
A Rússia iniciou uma operação militar especial na Ucrânia em fevereiro, após semanas de escalada de bombardeios, sabotagem e ataques de franco-atiradores contra as repúblicas populares do Donbass por forças ucranianas e temores de que Kiev estivesse se preparando para lançar uma ofensiva em grande escala. A crise seguiu-se por mais de um ano de crescentes tensões regionais e acúmulos militares, incluindo exercícios conjuntos entre forças ucranianas e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), em setembro de 2021.
Em dezembro passado, Moscou ofereceu à OTAN e aos Estados Unidos um meio de diminuir drasticamente as tensões por meio de dois projetos de tratados, propondo uma grande retirada de tropas, navios de guerra, aeronaves militares e sistemas de mísseis, e acordos formais escritos que a Ucrânia e outras repúblicas pós-soviéticas não se juntariam à OTAN. Washington e Bruxelas recusaram as propostas, enfatizando que a política de "portas abertas" da aliança não era negociável.
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