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Ministro alemão teme avanço da China e pede 'cautela' quanto à parceria entre Berlim e Pequim

© AFP 2023 / Peter WutherichBandeiras nacionais alemãs e chinesas são vistas do lado de fora do Grande Salão do Povo durante a visita do chanceler alemão Olaf Scholz a Pequim em 4 de novembro de 2022
Bandeiras nacionais alemãs e chinesas são vistas do lado de fora do Grande Salão do Povo durante a visita do chanceler alemão Olaf Scholz a Pequim em 4 de novembro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 14.11.2022
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O ministro da Economia da Alemanha, Robert Habeck, afirmou à agência de notícias DW que a Alemanha está interessada em uma parceria comercial com a China, mas não de forma "ingênua".
Habeck afirmou que o país está procurando maneiras de diversificar os investimentos comerciais da Alemanha na Ásia, contudo, ultimamente, o mundo está mostrando o quão perigoso é uma dependência excessiva de apenas um parceiro comercial.

"Estamos interessados no comércio com a China, porém não em um comércio ingênuo com a China. [...] Queremos proteger nossa infraestrutura crítica, nossos setores onde são desenvolvidos bens e conhecimentos críticos", afirmou.

Apesar de pedir cautela, o ministro alemão afirmou que o país não usará as mesmas estratégias que os EUA, pois não vê necessidade nisso.
"Eu sei que, às vezes, os EUA dizem palavras duras, mas esta não é a nossa maneira. [O comércio com a China] não é problemático, não é um problema fazer comércio com a China, porém nos setores problemáticos temos que ser mais cuidadosos", ressaltou.
Anteriormente, o governo alemão suspendeu a operação de duas empresas chinesas de semicondutores e fabricação de chips, por ver um risco de perder um know-how em um setor crítico onde Pequim está expandindo sua influência rapidamente.
Mesmo com esta medida, Habeck afirmou que é possível haver uma parceria comercial entre os dois países, contudo de forma cautelosa para preservar a soberania alemã na área econômica.
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O ministro alemão entende que o investimento chinês em determinadas infraestruturas importantes poderia trazer "problemas em algumas áreas", como portos, aeroportos e hospitais.
Para incentivar as empresas alemãs a investir em outras economias asiáticas e evitar a concentração dos investimentos em apenas um país, o governo alemão estuda a possibilidade de introduzir um imposto adicional para aqueles que investirem em uma única economia, que poderia oscilar entre 20 e 25% do total.
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