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Mídia: ao STF, Valdemar diz acreditar nas urnas e afirma que só as contesta por pressão de Bolsonaro

© Folhapress / Pedro Ladeira Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, durante evento no Palácio do Planalto (foto de arquivo)
Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, durante evento no Palácio do Planalto (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 22.11.2022
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Apesar de já chegar próximo da marca de um mês após o resultado do segundo turno, as eleições brasileiras ainda estão sendo contestadas com acusações de fraude sobre o resultado do lado do candidato derrotado. Além desses movimentos, outro também acontece, em uma espécie de "jogo duplo".
De acordo com a coluna de Malu Gaspar em O Globo, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, mesmo já tendo publicamente declarado que o relatório encomendado pela legenda sobre a segurança das urnas eletrônicas apontou falhas em 250 mil e que pediria a revisão dos equipamentos, o líder do partido procurou membros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para falar outra coisa.
A jornalista aponta que, nesta segunda-feira (22), Valdemar procurou nos bastidores ministros do Supremo e do TSE para dizer que acredita na higidez do sistema eleitoral e que só está tomando tal iniciativa porque o presidente, Jair Bolsonaro, o exige.
Segundo o presidente do PL afirmou a esses magistrados, em conversas que visavam a produzir uma espécie de blindagem particular contra represálias dos dois tribunais, que ele está sob forte pressão do presidente da República.
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Neste final de semana, quando gravou um vídeo falando das 250 mil urnas, Valdemar disse que "nada de ter nova eleição, não vamos propor nada disso, não queremos tumultuar a vida do país. Mas tem umas urnas que têm que ser revistas", a afirmação elevou a irritação dos ministros do Supremo e do TSE, segundo a mídia.
Após a péssima repercussão do episódio não só entre as Cortes superiores como também no meio político, o líder do PL enviou mensagens aos ministros dizendo que havia sido mal compreendido e que não tinha a intenção de contestar o resultado das urnas.
Ainda segundo a mídia, a alguns deles, disse que não teve alternativa porque havia cerca de 50 parlamentares fiéis a Bolsonaro na coletiva, que tinham ido lá só para pressioná-lo.
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Valdemar, portanto, tenta se equilibrar entre a pressão de Bolsonaro e a dos ministros do TSE, que já o cobraram mais de uma vez nos bastidores pela postura dúbia.
Embora os integrantes do Supremo entendam que o presidente do PL está sob pressão, o argumento dele para fazer as declarações que fez não colou. Para os ministros, está valendo o que Bolsonaro disse no último dia 1º de novembro ao visitá-los: "acabou", diz a jornalista.
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