Alemanha espera adesão informal de parceiros ao teto do preço do petróleo russo, diz chanceler
© AP Photo / John MacDougallAnnalena Baerbock, ministra das Relações Exteriores alemã, fala em coletiva de imprensa em Berlim, Alemanha, 17 de maio de 2022
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Neste domingo (4), a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, declarou que Berlim espera que os seus parceiros internacionais respeitem o limite de preços imposto ao petróleo russo mesmo que não façam parte do acordo formalmente.
A declaração de Baerbock ocorreu na véspera de sua chegada à Índia. A chanceler fará uma visita oficial a Nova Deli entre a segunda-feira (5) e a terça-feira (6) para realizar um encontro com seu equivalente indiano, Subrahmanyam Jaishankar. Os ministros discutirão questões bilaterais, assim como assuntos regionais e globais de interesse mútuo.
Após ser questionada sobre se pretende abordar a crescente importação de petróleo russo pela Índia durante o encontro com Jaishankar, Baerbock disse que a Alemanha está consciente de que "muitos Estados têm diferentes restrições econômicas", mas que encoraja fortemente os seus parceiros a se juntarem às sanções contra Moscou.
"[O teto de preços do petróleo russo] visa evitar a escassez da oferta e o aumento dos preços para os Estados que dependem do petróleo russo. Os parceiros podem apoiar sem aderir formalmente a ele: comprando petróleo abaixo do limite estabelecido", argumentou Baerbock.
© AP Photo / Misha JaparidzeReservatórios da gigante petrolífera estatal russa Rosneft no campo petrolífero de Priobskoye, perto de Nefteyugansk, no oeste da Sibéria, Rússia, em 5 de abril de 2006
Reservatórios da gigante petrolífera estatal russa Rosneft no campo petrolífero de Priobskoye, perto de Nefteyugansk, no oeste da Sibéria, Rússia, em 5 de abril de 2006
© AP Photo / Misha Japaridze
Na sexta-feira (2), a União Europeia (UE) chegou a um acordo sobre a fixação de um preço máximo para o petróleo russo — US$ 60 (cerca de R$ 313). O limite será revisto de dois em dois meses para permanecer 5% abaixo do valor de referência da Agência Internacional de Energia (AIE). Os países-membros do G7 e a Austrália também concordaram em aderir ao teto de preços.