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Motivos de China ser mais atraente do que EUA para Arábia Saudita são apontados por especialistas

© AP Photo / Mark SchiefelbeinO presidente chinês Xi Jinping faz um discurso durante a cerimônia de abertura do 20º Congresso Nacional do Partido Comunista da China
O presidente chinês Xi Jinping faz um discurso durante a cerimônia de abertura do 20º Congresso Nacional do Partido Comunista da China - Sputnik Brasil, 1920, 07.12.2022
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Xi Jinping estará de visita na Arábia Saudita de 7 a 9 de dezembro, uma viagem que pode ser considerada uma visita verdadeiramente histórica.
A visita do líder chinês à Arábia Saudita terá um impacto positivo no mercado global de energia, já que ambos os países estão diversificando o comércio sem a imposição de valores ocidentais à mesa.
Esta vai ser a primeira visita do líder asiático ao território saudita desde 2016, quando foram firmados 14 acordos de cooperação. Desta vez, a mídia espera que sejam firmados 20 acordos de mais de US$ 29 bilhões (R$ 151,5 bilhões), incluindo um acordo de cooperação estratégica e programas de longo prazo.
Maria Pakhomova, pesquisadora sênior do Centro de Pesquisa em Problemas Contemporâneos do Leste no Instituto de Estudos Orientais da Academia de Ciências da Rússia, afirmou que a visita chinesa visa estreitar as relações com os países do golfo Pérsico, um importante centro mundial.
A especialista ressalta que o Oriente Médio está desempenhando um papel estabilizador, sendo cada vez mais importante no contexto da crise de segurança na Europa e da arruinação do mercado global de petróleo e gás pelo Ocidente.
Por um lado, a Arábia Saudita é a maior exportadora de petróleo do mundo, enquanto a China tem grande importância no mercado global de energia, e ambos procuram a estabilização do mercado para evitar mudanças indesejáveis.
Por outro lado, os dois países esperam firmar um acordo como Conselho de Cooperação dos Estados Árabes do golfo Pérsico sobre uma zona de livre comércio.
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Falando à Sputnik, o pesquisador do Instituto da Ásia Ocidental e África da Academia chinesa de Ciências Sociais, He Wenping, há uma grande possibilidade de que este acordo seja firmado, o que seria algo espetacular.
Em meio aos atuais problemas mundiais, o acordo seria uma forma para os dois países tentarem escapar do impasse econômico, usando seus pontos fortes para reviver a economia conjunta, lembrando que os dois países estão interessados em uma diversificação do comércio para a criação de uma zona de livre comércio.
Com isso, os países árabes pretendem diversificar a economia e elevar o nível de sua industrialização, enquanto a China segue acolhendo a entrada de mercadorias de outros países, fornecendo incentivos e eliminando impostos, o que cria um cenário favorável para o acordo entre os sauditas e chineses.
Comentando a atual visita do líder chinês Xi Jinping, a especialista Maria Pakhomova disse à Sputnik que os chineses estão elevando consideravelmente sua influência na região, inclusive com propostas significativas para o Oriente Médio.
Ela ainda destaca que a visita chinesa possa ter sido motivada pela rivalidade com os Estados Unidos na região, onde os chineses disputam uma competição saudável e com métodos legais.
O primeiro-ministro chinês Li Keqiang, centro-esquerda na tela, fala enquanto realiza uma transmissão ao vivo para a 6ª Mesa Redonda 1+6 com o presidente do Banco Mundial, David Malpass, no canto superior esquerdo, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, centro superior, presidente da Organização Mundial do Comércio, Ngozi Okonjo-Iweala e outros (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 07.12.2022
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Com isso, a China segue oferecendo cenários promissores de cooperação, enquanto os EUA seguem com suas ações visando seus próprios interesses.
Maria Pakhomova enfatizou que a China tem mais chances de fortalecer sua influência na região do que os Estados Unidos, pois apresenta projetos econômicos e de desenvolvimento mais interessantes.
Sendo assim, a China mostra estar à frente dos EUA, uma vez que os americanos apresentam apenas projetos militares.
Outro fator importante é que a China ainda pode oferecer ao golfo Pérsico posições que os norte-americanos não possuem ou não desejam compartilhar.
Para Pakhomova, a China contará com uma agenda cultural, com grande conteúdo humanitário de cooperação, mantendo a diversidade das civilizações, o que deve ser um fator contribuinte para o gigante asiático defender seus interesses na região e promover a interação econômica.
Ou seja, a China está dando um passo muito importante usando o respeito mútuo e a inteligência em uma cooperação saudável, sem apelar ou visar apenas suas próprias crenças, visando somente lucrar com acordos militares, como seu concorrente.
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