- Sputnik Brasil, 1920
Panorama internacional
Notícias sobre eventos de todo o mundo. Siga informado sobre tudo o que se passa em diferentes regiões do planeta.

Finlândia poderia voltar a permitir exportação de armas à Turquia para aderir à OTAN

© AP Photo / Olivier MatthysPekka Haavisto, ministro das Relações Exteriores da Finlândia, fala em coletiva de imprensa na sede da OTAN em Bruxelas, Bélgica, 24 de janeiro de 2022
Pekka Haavisto, ministro das Relações Exteriores da Finlândia, fala em coletiva de imprensa na sede da OTAN em Bruxelas, Bélgica, 24 de janeiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 19.12.2022
Nos siga no
O país europeu quer, junto com a Suécia, entrar na OTAN em resposta à suposta ameaça da Rússia, que iniciou uma operação militar especial na Ucrânia no início do ano.
O Ministério da Defesa da Finlândia anunciou que deu luz verde para os pedidos da Turquia de retirar as restrições não oficiais à venda de armas para o país nórdico poder aceder à OTAN.
"É possível que o governo trate desses pedidos antes das eleições da próxima primavera" europeia, em abril de 2023, disse Riikka Pitkanen, assessora especial do Ministério da Defesa, e sublinhou que a Finlândia considera a exportação de armas caso a caso.
Na semana passada Antti Kaikkonen, ministro da Defesa da Finlândia, pediu que o país mudasse sua política em relação ao laços com a Turquia.
"Pouco a pouco, temos que ser capazes de pensar na Turquia como um futuro aliado. Ela deve ser levada em conta como parte da consideração geral", disse Kaikkonen enquanto discutia a exportação de armas.
"Olhamos para quem está encomendando o produto, que tipo de produto é e para que será usado", explicou Pitkanen.
Soldados finlandeses durante exercício militar Saber Strike 2015 - Sputnik Brasil, 1920, 13.12.2022
Panorama internacional
Adesão à OTAN vai custar à Finlândia US$ 75-106 milhões anualmente, revela MRE finlandês
As diretrizes do governo afirmam explicitamente que a Finlândia não exporta armamentos para países em guerra ou em contravenção aos direitos humanos. No entanto, a coalizão governista de esquerda liderada pelos social-democratas exportou armas para a Ucrânia, apesar do conflito em curso, e para os Emirados Árabes Unidos e o Catar, que Helsinque criticou por violações dos direitos humanos, negadas veementemente por ambos os países.
Embora a Finlândia não tenha proibido formalmente a exportação de armas para a Turquia, desde 2019 que Helsinque não emite nenhuma nova licença de exportação para o país, em resposta às operações terrestres na Síria nesse ano contra as forças curdas, que Ancara considera como terroristas. A mesma política foi adotada pela vizinha Suécia, que também quer aderir à OTAN, mas foi revertida posteriormente.
No início deste ano, a Finlândia e a Suécia abandonaram sua histórica neutralidade militar, preservada durante toda a Guerra Fria, e pediram a adesão à OTAN, citando como pretexto a operação especial da Rússia na Ucrânia e a consequente "situação de segurança".
Até agora, todos os 30 Estados-membros da OTAN, exceto a Hungria e Turquia, ratificaram sua adesão, para a qual é necessária a aprovação unânime. A Turquia, além de um fim do embargo de armas, exige a extradição de curdos que considera terroristas, enquanto Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria, prometeu aprovar a adesão dos dois países no próximo ano.
Feed de notícias
0
Para participar da discussão
inicie sessão ou cadastre-se
loader
Bate-papos
Заголовок открываемого материала