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STF abre inquérito contra governador do Distrito Federal e ex-secretário Anderson Torres

© Foto / Anderson Riedel / Palácio do Planalto / CC BY 2.0Ibaneis Rocha, então governador do Distrito Federal, durante coletiva de imprensa no Palácio do Planalto. Brasília (DF), 22 de abril de 2020
Ibaneis Rocha, então governador do Distrito Federal, durante coletiva de imprensa no Palácio do Planalto. Brasília (DF), 22 de abril de 2020 - Sputnik Brasil, 1920, 13.01.2023
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu a uma solicitação da Procuradoria-Geral da República (PGR) e decidiu abrir inquérito contra o governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e contra o ex-secretário de segurança do DF Anderson Torres.
A decisão busca investigar a conduta deles e de mais dois agentes públicos — Fernando de Sousa Oliveira, ex-secretário interino de Segurança do DF, e Fábio Augusto Vieira, ex-comandante da Polícia Militar do DF (PMDF) — em razão da invasão e depredação dos prédios dos três Poderes por apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no último domingo (8).
Conforme informou o G1, Moraes aponta na decisão "descaso e conivência" de Anderson Torres e do ex-comandante-geral da PM e "conduta dolosamente omissiva" de Ibaneis Rocha.

"[Ibaneis Rocha] Não só deu declarações públicas defendendo uma falsa livre manifestação política em Brasília — mesmo sabedor por todas as redes que ataques às Instituições e seus membros seriam realizados — como também ignorou todos os apelos das autoridades para a realização de um plano de segurança semelhante aos realizados nos últimos dois anos em 7 de setembro, em especial, com a proibição de ingresso na esplanada dos Ministérios pelos criminosos terroristas, tendo liberado o amplo acesso."

"Em momento tão sensível da Democracia brasileira, em que atos antidemocráticos estão ocorrendo diuturnamente, com ocupação das imediações de prédios militares em todo o país, e em Brasília, não se pode alegar ignorância ou incompetência pela omissão dolosa e criminosa", disse ainda.
No último domingo (8), um grupo de agitadores bolsonaristas deixou um rastro de destruição no Palácio do Planalto, no Congresso Nacional e, principalmente, no Supremo Tribunal Federal (STF). Os envolvidos no ato extremista pediam uma intervenção militar para derrubar o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que assumiu no dia 1º.
Em coletiva de imprensa realizada na quinta-feira (12), Lula afirmou que agentes da PMDF e militares das Forças Armadas foram coniventes com as invasões. Para Lula, "as portas foram abertas" para que os manifestantes pudessem passar, acrescentando que "nenhum suspeito de ser bolsonarista raiz" pode ficar no Planalto.
O mandatário acrescentou que as Forças Armadas não são "poder moderador, como pensam que são".
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